Premiar o tempo incerto
Com o deleite de ter-te perto
Vejo-te de perfil num rompante
Sinto-te perto mesmo distante.
Não me acalmes que eu quero agitação
Não penses que desisti desta emoção
Raiada de uma aragem leve e quente
De olhar hipnotizante que deixa a semente.
Percebi que sinto mais do que vejo
E que é inútil qualquer desejo
Ante este sôfrego e doentio sentir
Que acalmou-se ao ver-te partir…