sexta-feira, janeiro 25, 2008

Alicia Keys - If I Was Your Woman

Ultimamente tenho ouvido algumas músicas numa onda um pouco mais romântica, uns dirão que se deve ao meu estado de espírito, a uma mera fase ou a nada em especial, no entanto, não pretendo revelar o motivo, se é que o há…

Assim sendo, uma das artistas musicais que tenho prestado especial atenção é à Alicia Keys, sem dúvida uma bela mulher, detentora de uma voz verdadeiramente arrepiante, para além de ser uma excelente intérprete musical. São tudo características que justificam, em muito, a minha preferência pelas suas músicas.

No entanto, há uma música que destaco que se chama “If i was your woman”, que surgiu, primeiramente, no álbum “"The Diary Of Alicia Keys" (2003) e que voltou a fazer parte integrante do álbum “Alicia Keys Unplugged” (2005). Esta última versão da música superou todas as minhas melhores expectativas e confesso que de todas as vezes que a ouço sinto o mesmo que quando a ouvi pela primeira vez. Acho que o sentimento que esta música suscita só pode ser explicado ao ouvi-la, por isso, aqui vai:

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Momentos inesquecíveis…







A pele transpira o teu cheiro
Os lábios não conseguiram reter o anseio
Envolvendo-se numa paixão inebriante
Detentora de um ritmo estupendamente alucinante.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Pensamentos Soltos

Se havia um vocábulo que pudesse expressar com precisão o que senti outrora em relação a ti era insignificância. Por diversos momentos senti-me invadida, acometida, desafiada ao que a minha resposta era uma consequência natural de uma causa desconhecida.

Conjecturei que todos esses momentos se traduzissem numa nulidade e nem conseguissem, de algum modo, ser incorporados na memória a longo prazo: confesso com estupefacção o meu engano!

Face a toda esta situação sou forçada a fazer minhas as palavras de Paulo Coelho quando referenciava que quando queremos alguma coisa, todo o Universo conspira para que nós a realizemos, mas com uma ligeira adaptação, considero que todo o Universo conspira quando algo tem de, efectivamente, ocorrer.

Cada momento, mesmo quando na altura foi enfrentado com desprezo ou desatenção, é momentaneamente rememorado e será relembrado pela posterioridade, face às últimas ocorrências.

Sei que o futuro não se adivinha fácil, aliás, até pode não haver qualquer construção futura em relação a este assunto mas guardarei, enquanto estiver na plena posse das minhas faculdades, os instantes, os sentimentos e os caminhos que me fizeste descobrir em mim…

segunda-feira, janeiro 07, 2008
















Amordaçante este pesaroso aniquilar:
Rastejante… humilhante… terrivelmente desgastante…
Como uma ferida que não consegue cessar,
Uma utopia que não consigo conjecturar,
Na imaginação que ataca como inimiga voraz
Numa realidade insensivelmente mordaz…

A fraqueza que se apodera das forças
Projectando a esperança para os calabouços
De uma consciência excessivamente demente
Impiedosamente inconsciente
Exultante ante a nulidade de uma bafagem
Denunciando a intenção repudiante
Que não atenua na revolta aragem.

Cláudia Nóbrega (29 de Novembro, 2007)

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Esta coisa de gostar de alguém...

Esta coisa de gostar de alguém não é para todos e, por vezes – em mais casos do que se possa imaginar – existem pessoas que pura e simplesmente não conseguem gostar de ninguém. Esperem lá, não é que não queiram – querem! – mas quando gostam – e podem gostar muito – há sempre qualquer coisa que os impede. Ou porque a estrada está cortada para obras de pavimentação. Ou porque sofremos de diabetes e não podemos abusar dos açucares. Ou porque sim e não falamos mais nisto. Há muita gente que não pode comer crustáceos, verdade? E porquê? Não faço ideia, mas o médico diz que não podemos porque nascemos assim e nós, resignados, ao aproximar-se o empregado de mesa com meio quilo de gambas que faz favor, vamos dizendo: “Nem pensar, leve isso daqui que me irrita a pele”.
Ora, por vezes, o simples facto de gostarmos de alguém pode provocar-nos uma alergia semelhante. E nós, sabendo-o, mandamos para trás quando estávamos mortinhos por ir em frente. Não vamos.. E muitas das vezes, sabendo deste nosso problema, escolhemos para nós aquilo que sabemos que, invariavelmente, iremos recusar. Daí existirem aquelas pessoas que insistem em afirmar que só se apaixonam pelas pessoas erradas. Mentira. Pensar dessa forma é que é errado, porque o certo é perceber que se nós escolhemos aquela pessoa foi porque já sabíamos que não íamos a lado nenhum e que – aqui entre nós – é até um alívio não dar em nada porque ia ser uma chatice e estava-se mesmo a ver que ia dar nisto. E deu. Do mesmo modo que no final de 10 anos de relacionamento, ou cinco, ou três, há o hábito generalizado de dizermos que aquela pessoa com quem nós nos casámos já não é a mesma pessoa, quando por mais que nos custe, é igualzinha. O que mudou – e o professor Júlio Machado Vaz que se cuide – foram as expectativas que nós criamos em relação a ela. Impressionados?
Pois bem, se me permitem, vou arregaçar as mangas. O que é díficil – dizem – é saber quando gostam de nós. E, quando afirmam isto, bebo logo dois dry martinis para a tosse. Saber quando gostam de nós? Mas com mil raios, isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem “ ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem “ ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem “ ai que não vi a tua chamada não atendida”.
Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.
Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós.
Fernando Alvim