sexta-feira, fevereiro 22, 2008

José Rodrigues dos Santos




















Tornei-me uma seguidora da obra do jornalista e escritor José Rodrigues dos Santos após ter lido "A Fórmula de Deus". Momentaneamente, estou a "devorar" autenticamente o novo livro dele intitulado "O Sétimo do Selo", um livro que dá que pensar e, mais que isso, deve fazer-nos agir para evitar aquilo a que é designado no livro de Apocalipse: afinal o mesmo está mais perto do que julgamos!

Leituras recentes...














Agatha Christie
  • Os Crimes do ABC
  • Anúncio de um Crime

Agora… já… sem demora!






(Carregue na imagem)

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Amor de Verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância,
eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exacto. E então
pude relaxar. Hoje sei que isso tem um nome: Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, o meu
sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra
as minhas verdades. Hoje sei que isso é: Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse
diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu
crescimento. Hoje chamo isso de: Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar
forçar alguma situação ou alguém para realizar aquilo que desejo,
mesmo sabendo que não é o momento ou que a pessoa não esta preparada,
inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é: Respeito.

Quando me amei de verdade, comecei a livrar-me de tudo o que não fosse
saudável. Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para
baixo. De início a minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei
que se chama: Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti
de fazer grandes planos, abandonei os projectos megalómanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio
ritmo. Hoje sei que isso é: Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com
isso, errei menos vezes. Hoje descobri a: Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de
preocupar-me com o futuro. Agora, mantenho-me no presente, que é onde a
vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é: Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar
e me decepcionar. Mas quando a coloco ao serviço do meu coração, ela se
torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é: SABER VIVER!!!

- Charles Chaplin -

domingo, fevereiro 10, 2008

Saudade

Saudades! Sim... talvez... e porque não?... (Florbela Espanca)

Tantas vezes, ao longo da nossa existência, há um sentimento que nos toma, invocando a falta de alguém ou de alguma situação que se reveste ou revestiu de alguma significância. A significância que cada um de nós atribui às coisas vai depender de múltiplos factores, dos quais não tenciono fazer uma extensa lista, qual lista de supermercado ao fim-de-semana. Considero apenas que esse sentimento é consequência de uma selecção de elementos, cuja classificação apenas apresenta duas categorias: significante e insignificante.

Como é facilmente perceptível, estas categorias não são invariáveis, muito pelo contrário, é necessário ponderar o factor tempo nesta questão. O que num determinado momento está classificado como significante pode, num outro tempo e espaço, adquirir características que nos fazem repensar a sua classificação.

A aplicação de um dos versos do poema “Saudade” de Florbela Espanca não foi em vão, até porque as imortais palavras de Florbela Espanca revestem-se de um misticismo inebriante, que nos transporta para uma dimensão sentimental. O verso “Saudades! Sim... talvez... e porque não?...” é bem elucidativo da banalidade que é contrair um sentimento de nostalgia. Porque não ter saudades? Porque não relembrar algo ou alguém?

Poderíamos organizar um debate em que de um lado estariam os defensores da saudade e outros que defenderiam a situação diametralmente oposta, mas é quase certo que todos os argumentos iam ser subjectivos e que a conclusão seria igual ao ponto de partida desse debate, ou seja, que não existe conclusão possível.

Apesar disto, tenho uma opinião muito personalizada desta situação, considero que as saudades são representativas de todos os momentos e pessoas relevantes que cruzaram e continuam a cruzar-se na nossa vida, como tal, tudo o que é representativo ou significativo deve adquirir um lugar de destaque na nossa existência, o resto não deveria passar de uma nulidade.

Esta perspectiva não pretende ser restrita, até porque nada é certo, muito pelo contrário. A saudade deve ser uma componente presente na dimensão sentimental da nossa vida mas não a deve reger, nem deve ocupar um lugar de destaque, até porque se isso ocorrer há sempre o risco de que a nostalgia seja o único sentimento que predomine essa dimensão.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Wake up!!!



Wake up, Wake up, Wake up,
Yeah so tired of waiting,
waiting for us to
Wake up, Wake up, Wake up,
Yeah so sick of waiting, for us to make a move...

domingo, fevereiro 03, 2008

Patrick Süskind - O Perfume, História de um assassino


Impulsionada por uma prenda que me foi dada no natal do ano transacto, iniciei e conclui a leitura do best-seller de Patrick Süskind intitulado “O Perfume, História de um assassino”, recentemente.

Todo o livro, no meu entender, desenrola-se em torno de um pressuposto, que é o de que o odor que as pessoas emitem, quer seja ele natural ou artificial, pode influenciar a abordagem e a atitude dos outros para connosco. No fundo é este o pressuposto que as grandes indústrias produtoras de perfumes utilizam para vender os seus produtos, nomeadamente no que concerne à publicidade efectuada em torno desses mesmos produtos.

Assim, o livro retrata a história de Grenouille, desde o momento do seu estranho nascimento até à sua, não menos estranha, morte, apresentando-se como alguém que possuía um olfacto, impressionantemente, apurado o que, por si só, lhe permitia orientar-se, conhecer lugares e pessoas sem necessitar de recorrer a outros órgãos sensitivos.

Foi graças a esta característica peculiar de Grenouille que o mesmo descobriu a influência que um simples odor tem no comportamentos das pessoas facto este que o levou a dedicar-se acerrimamente à concepção de um perfume. Este não era mais um perfume como tantos outros que as indústrias de perfumes concebiam, este perfume seria capaz de fazer com que toda a humanidade o venerasse acima de tudo.

Foi este objectivo que o mobilizou de tal modo que o levou a cometer uma série de assassinatos em série todos do mesmo modo e vitimizando pessoas com o mesmo tipo de características: raparigas, jovens, fisicamente atraentes e virgens. No entanto, ninguém desconfiava de Grenouille pois este foi sempre muito subtil em todas as suas acções provocando uma espécie de empatia no leitor.

Não pretendo revelar o final da história o que posso dizer é que o mesmo é imprevisível e tão inquietante como a totalidade do livro. Quem já leu o livro ou já viu a adaptação cinematográfica do mesmo pode concordar ou não com esta perspectiva, mas recomendo vivamente que leiam o livro pois este é sempre bem mais completo e pormenorizado que o filme.