sábado, dezembro 26, 2009

O desafio do desconhecido




















Quando você explora mares desconhecidos, como Colombo fez, o medo existe, um medo imenso, porque ninguém sabe o que vai acontecer. Você está deixando a praia da segurança.

Você está perfeitamente bem, em certo sentido; só uma coisa está faltando — aventura. Enfrentar o desconhecido dá a você certa excitação. O coração começa a pulsar novamente; volta a se sentir vivo, totalmente vivo. Cada fibra do seu ser está vibrando porque você aceitou o desafio do desconhecido.

Aceitar o desafio do desconhecido, apesar de todo o medo, é coragem. Os medos estão ali, mas se você aceita o desafio várias vezes seguidas, devagarinho os medos desaparecem.

A experiência de alegria que o desconhecido traz, o grande êxtase que começa a acontecer com o desconhecido, torna você forte o bastante, lhe dá uma certa integridade, aguça sua inteligência.

Pela primeira vez, você começa a sentir que a vida não é só tédio, mas uma aventura. Então devagar os medos desaparecem; e você não para mais de ir atrás de uma aventura.

Mas, basicamente, coragem é pôr em risco o conhecido em favor do desconhecido, o familiar em favor do estranho, o confortável em favor do desconfortável — árdua peregrinação rumo a um destino desconhecido.

Nunca se sabe se você será capaz de fazer isso ou não. É um jogo arriscado, mas só os jogadores sabem o que é a vida.


Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"







terça-feira, dezembro 22, 2009

O "Natal" dentro de mim...

Foto: cnobrega - Sintra




...Amor!


É muito o amor que habita dentro de mim, um amor mais cintilante, brilhante e reluzente do que qualquer luz ou decoração de Natal.


Não é um amor visível como um belo espectáculo de fogo-de-artifício, ele é tão subtil como uma leve brisa que passa e esbarra no rosto.


Ninguém vê, mas sente... e basta!

Eu sinto... e isso basta-me!


É este amor que quero hoje partilhar convosco, não é por estarmos na época natalícia, época em que se espalham votos de felicidade, paz, amor, saúde ao vento (o Natal termina e tudo passa) é porque todos os dias são bons para se cantar a felicidade que habita dentro de nós.


Ouvem esta voz harmoniosa do amor como o canto de uma sereia na imensidão dos mares que aconchega o coração e causa-nos um arrepio que percorre todo o corpo?!


Haverá algo melhor que isto?!


Duvido!!!

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Transcendendo o óbvio...




























Sempre que tento expressar de forma oral ou escrita aquilo que sinto acabo sempre por minimizar aquilo que é infinitamente grandioso.

Gosto de manter bem presente tudo aquilo que faz com que um sorriso nasça sem explicação.

Poder-me-ia, em algum momento, sentir-me perdida, ansiosa ou receosa mas tudo o que aconteceu e continua a acontecer (sem excepção) recorda-me que onde quer que eu esteja, com ou sem pessoas conhecidas à volta, nunca estou sozinha. Acontece sempre algo que prova, inequivocamente, que só estamos sozinhos se o nosso estado mental for de escassez, de solidão, de vitimização ou, até mesmo, de desespero.

Acima de tudo temos de saber desfrutar, ao máximo, da nossa companhia e amarmo-nos tal e qual como somos, com qualidades e fragilidades incluídas.

Como posso valorizar alguém se não acredito no meu próprio valor?!

Ficar dependente dos elogios e atenção, seja de quem for, parece-me bastante ingrato e só causará sofrimento porque no momento em que alguém nos elogia e dá essa atenção ficamos radiantes e felizes mas, e depois? Essa felicidade mantém-se ou precisamos de mais uma “dose” de elogios e atenção? Sinceramente, isto até parece uma droga em que a dose tem de ser cada vez maior e nunca é o suficiente.

Devemos amar-nos, com um amor sincero e que não se deixa abalar por nada nem ninguém, este é o ponto de partida para uma viagem a um lugar em que tudo actua para o nosso bem supremo.

É um lugar de oportunidades e desafios que nos fazem evoluir sem nunca mais parar.

A esse lugar vão chegando pessoas que iniciaram a mesma viagem que nós, que deixaram muito para trás para ali chegar, não foi um caminho fácil mas são as dificuldades que nos fazem aceder ao guerreiro destemido que existe dentro de nós.

Ficamos orgulhosos da capacidade que temos para ultrapassar as situações e o amor que sentimos por nós fica mais fortalecido.

A gratidão é inevitável… as lágrimas de comoção e uma sensação de amor que se expande desde o peito para cada parte corpo, saindo em forma de energia por cada poro da nossa pele, reflecte mais do que qualquer palavra aquilo que é sentir-se, verdadeiramente, agradecido, por tudo o que nos circunda.

Foi numa fase da minha vida bem recente e que está bem longe de terminar que senti tudo isto mais do em qualquer outro momento da minha existência. Talvez porque as «coincidências» tenham surgido de forma mais vincada e inequívoca.

Soube porque estava aqui, porque é que tinha de passar por determinadas experiências, porque é que algumas pessoas surgiram na minha vida e porque é que outras, apesar de terem sido importantes a determinado momento, tinham de ficar para trás.

Aprendi, mais do que tudo, que não se pode limitar uma realidade que é ampla e que as surpresas mais agradáveis ocorrem quando olhamos com atenção para aquilo e para aqueles que surgem na nossa vida.

Não posso deixar de agradecer, porque nunca é demais, e fazer a minha sentida homenagem a todas aquelas pessoas que na minha passagem por Lisboa me receberam de braços abertos, como se me conhecessem, que quiseram fazer parte da minha vida e deixar-me fazer parte da delas, pessoas que constituíram e ainda constituem exemplos a seguir, pessoas que fizeram-me recuperar a curiosidade natural da infância, que fizeram-me perceber que quanto mais aprendo mais tenho para aprender, pessoas que contra todas as (supostas) “limitações” mostraram-me que a maior limitação é a da nossa mente, pessoas que , acima de tudo, fizeram com que eu me sentisse em casa e tornaram-se na minha família.

Amo-vos muito... como sabem... :)

quinta-feira, dezembro 10, 2009

I Love Sintra! :)

Num destes dias decidi ir até Sintra que é, nada mais, nada menos, do que Património Mundial da UNESCO. Adorei ter lá estado e irei, certamente, voltar mais vezes.
Aqui ficam algumas das fotos que tirei por lá.
Noutra ocasião falarei mais promenorizadamente da visita que fiz ao Palácio Nacional de Sintra que tem uma colecção de azulejos que me fascinou particularmente.



Câmara Municipal de Sintra



Percurso Centro Histórico de Sintra - Castelo dos Mouros 1



Percurso Centro Histórico de Sintra - Castelo dos Mouros 2




Percurso Centro Histórico de Sintra - Castelo dos Mouros 3




Castelo dos Mouros






Palácio Nacional de Sintra






Fontanário










´
Fotos: Cláudia Nóbrega

quarta-feira, novembro 25, 2009

Momentos Inesquecíveis


Foto: Cláudia Nóbrega
Às vezes as coisas mais inesperadas são aquelas que são mais significativas e inesquecíveis.


Nos últimos tempos o meu ritmo diário tem sido verdadeiramente alucinante, não só porque Lisboa é uma cidade bastante agitada mas porque me te sido propiciado uma experiência profissional como nunca antes tive. Jamais me ocorreria que funções / tarefas que diferem consideravelmente da minha formação de base pudessem despertar em mim uma paixão tão grande que não passa despercebida àqueles que me rodeiam.


Desde que me desafiei como nunca antes o tinha feito comecei a perceber uma série de coisas que ocorreram para que eu, no momento certo, as compreendesse na íntegra. Agora compreendo uma série de coisas que eu antes não compreendia e, mais do que isso, sou aquilo que nunca antes fui, tenho uma vontade e alegria de viver como nunca antes tive e sinto-me grata de um modo que dificilmente alguém irá perceber.


No dia de hoje tudo isto faz ainda mais sentido porque um ser humano inigualável que eu aprecio imenso fez-me uma sentida, sincera e desinteressada homenagem. Se eu pudesse partilhar o conjunto de emoções que me invadiram nesse momento seria tudo tão mais fácil mas, provavelmente, perderiam o seu encanto.


Então, também eu quero dizer que a minha gratidão por conhecer alguém assim é imensurável e inqualificável.


É essa simplicidade e humildade genuínas que fazem alguém avultar-se na vida de quem, realmente, valoriza estas qualidades.


Mais do que tudo o que acabei de escrever e sem recorrer a qualquer recurso estilístico, nomeadamente, a hipérbole, devo dizer com a maior das sinceridades que valeu a pena ter esperado 25 anos para conhecer alguém assim que independentemente das suas fragilidades cativa por saber assumi-las e ofusca pelas suas qualidades genuinamente humanas.


Obrigado!

sábado, novembro 21, 2009

Mudança de Sexo

Num destes dias estava a passear pelo Chiado em Lisboa e eis que fui questionada sobre uma temática bastante controversa: a mudança de sexo.

Fica aqui o vídeo:

quinta-feira, novembro 19, 2009


Foto: Cláudia Nóbrega
Meu jeito suave em papel embrulhado
Tem o toque e o sabor de um apetecível rebuçado
Meu canto, meu pranto… guardo-os todos para mim
Só um louco, um santo, consegue acompanhar-me assim.

Teu sorriso doce à porta bateu devagarinho
És tu? Sou eu? Será o destino?
Tua sumptuosa fragrância pincelada com uma voz delicada
Escreve no olhar a alma enamorada.

Somos nós que sem nada saber afirmamos
Eu não sei de mim, nem tu de ti, por isso aqui estamos
Vejo-te em mim… vês-me assim?
És tu em talha de ouro e revestimento de marfim.

Lisboa, 9 de Novembro de 2009

domingo, outubro 25, 2009

domingo, outubro 18, 2009

Hino ao Amor

Imagem:PG

Quando comecei a olhar para mim e percebi que sou bem mais do que aquela imagem que o espelho me devolve sempre que estou diante dele, vi e percorri caminhos dentro de mim que a cada dia se tornam mais emocionantes e estimulantes fazendo-me perceber que cada um de nós traz um ser humano fantástico dentro de si que merece ser amado incondicionalmente.

Quando olhei com atenção à volta apercebi-me que tudo transcende o acaso e que aquilo de que precisamos vem, irremediavelmente, até nós no momento certo. Tudo está arquitectado de forma perfeita pelo universo mas, ainda assim, ao ser humano é atribuído um papel determinante, que é o de ver para além das evidências do ego e evoluir com toda e qualquer situação.

Quando despi os medos, comecei a aceitar-me, amar-me e a acreditar plenamente no universo. Foi nessa altura que começaram a surgir pessoas na minha vida que, pelas suas qualidades e paixões, são compatíveis com a forma como escolhi viver a vida. Percebi, enfim, que tudo aquilo que surge na minha vida é um reflexo de mim ou pretende fazer-me aceder a partes de mim que estão por descobrir.

Agora sei o que é chorar de alegria e gratidão. Às vezes quando olho ao meu redor e, fundamentalmente, para dentro de mim, as lágrimas de contentamento parecem expressar melhor que qualquer vocábulo aquilo que sinto.

Foi nesta cadeia de causa - consequência interminável que surgiste na minha vida. Aquilo que sinto é algo arrebatador, misturado com uma gratidão inigualável por a vida dar-me a oportunidade de aprender, evoluir ou simplesmente desfrutar da companhia de alguém que não se resume a um conjunto de adjectivos que parecem sempre redutores em relação ao verdadeiro valor que assumes na minha vida.

Sei, exactamente, porque é que te amo de uma forma que nunca amei ninguém, contra todos os factos, evidências ou conjecturas. Sinto verdadeiro fascínio pelo ser que és e o mero facto de saber que existes deixa-me em êxtase.

Agora sei o que é amar alguém sem barreiras ou sofrimentos, sem necessidade de uma presença física ou de ter qualquer gesto de aprovação porque o simples facto deste sentimento habitar em mim é suficiente para fazer-me aceder a um nível que eu nunca imaginei que existisse.

Não importa se este sentimento é correspondente, se estás longe ou perto, se pensas em mim ou não porque nada disto altera aquilo que sinto.

Só quero que sejas tão feliz tal como eu sou aqui e agora, com ou sem a tua presença...

sábado, outubro 10, 2009

Back Home

É tão bom regressar a casa, nem que seja só por um fim-de-semana (como é o caso).


Como eu gosto desta ilha, deste ar, destas gentes, desde meu cantinho...


sexta-feira, outubro 02, 2009

Pra onde vai?

Parece que temos fim-de-semana prolongado à porta e desta vez senti uma vontade imensa de cometer uma variação da rotina de (quase) 180º para comemorar.

Como tal, andei a indagar o que iria fazer e percebi que, mais uma vez, poderia desafiar-me e sair da minha zona de conforto que está mais do que visto que neste momento é em Lisboa.

Então decidi “agarrar” em mim e fazer-me companhia numas mini-férias fora de Lisboa sem grandes planos ou horários.

Para onde vou?

Quando voltar coloco aqui umas fotos que esclarecerão, certamente, todas as vossas dúvidas. Posso assegurar-vos que terei a melhor das companhias: a minha!

Até breve!

P.S. Já agora deixo aqui um desafio: que cidade / local do território nacional português acham que seria perfeito para passar um fim-de-semana e porquê?

segunda-feira, setembro 28, 2009

Teatro: A casa de Bernarda Alba

A CASA DE BERNARDA ALBA, uma história aparentemente simples, é, no entanto, um autêntico bilro de intenções e mensagens, onde destaco a violência e a agressividade. Tão humanos que nós somos. Tão capazes de tudo.

Uma família fechada, uma sociedade fechada, cheia de padrões. Não vou aqui discuti-los, mas sei que é preciso continuar, tal como Lorca, a analisá-los e, se preciso for, a intervir, usando aquilo de que somos feitos.

Este texto fala-nos de violência, opressão, medo, humilhação e consequente revolta e poesia.

Não estamos assim tão longe desta realidade escrita em 1936, ano em que o seu autor foi fuzilado.

Continuamos como podemos, apesar de todos os dias nos chegarem notícias de violência e opressão.

Continuamos como podemos.

As palavras são pontes. Tudo o que se diz transforma a realidade do artista.

Maria João Luís



A CASA DE BERNARDA ALBA

de Federico Garcia Lorca
tradução Luísa Neto Jorge
encenação Maria João Luís
interpretação Adriana Moniz, Ana Brandão, Cremilda Gil, Custódia Gallego, Inês Castel-Branco, Diana Costa e Silva, Joana de Carvalho, Maria João Falcão, Maria João Pinho, Lígia Braz, Sandra Lopes
cenário e figurinos Marta Carreiras
sonoplastia Razat Laboratory
música Paco Peña
desenho de luz Pedro Domingos
direcção de produção Isabel Dias Martins
assist. de produção Pamela Pedroso
.

domingo, setembro 27, 2009

Sugestão Cinematográfica




Num destes dias decidi seguir a recomendação de um amigo e fui ver o filme "The Ugly Truth" ou "ABC da Sedução".


Devo dizer que adorei o filme, ri-me imenso e aprendi alguns conceitos importantes, nomeadamente, em termos de atracção e de energia masculina e feminina.


Se puderem assistir asseguro que a boa disposição é garantida! :)

quinta-feira, setembro 24, 2009

Lisboa


Imagem: CN
É um ruído que bloqueia a razão
Cravo vermelho em era de estagnação
Um casario ininterrupto que oculta a natureza
Veste branca que desperdiçou a sua pureza.

As máquinas frenéticas e desmesuradas
Temperadas pela pobre ignorância de épocas passadas
Numa demência mundana de inconscientes dias
Em lágrima atracada que reflecte as vãs agonias.

Lisboa, velha Lisboa, minha briosa companhia
Em tuas entranhas navego com nostalgia
Orientada pela intuição que murmura e impera.

As folhas caem, outro ciclo recomeça
Mas deixo, desde já, a inquebrável promessa:
Amar-te-ei para todo o sempre como naquele dia de Primavera…

Lisboa, 11 de Setembro de 2009

sábado, setembro 19, 2009

Obrigado Universo!

Imagem: PG


“Okay, I woke up in heaven today (...) I’ve never felt so high as I am now.”



Ne-yo - Stop this world




Ressurgi do meio das cinzas e finalmente tenho oportunidade de registar algo neste cantinho que me é tão querido.

Ultimamente a minha vida sofreu consideráveis alterações mas a principal ilação que posso tirar destas mudanças é que o universo é, efectivamente, sapiente e digno de plena confiança.

Ao início surgiram sentimentos apostos à tranquilidade e calma que haviam caracterizado o meu estado de espírito que predominava os últimos tempos. Senti alguma ansiedade e até algum medo porque tudo era tão indefinido, aliás, atravessar o nevoeiro sem saber o que está do outro lado é semelhante a atirar-se de um precipício esperando que ele não tenha muita altitude.

Não contrariei estes sentimentos porque se há algo que a vida me tem ensinado é a ser sincera comigo a 100% e com aquilo que estou a sentir. Muitas vezes ouve-se as pessoas dizerem que querem ser completas, mais unas consigo e com tudo o que as rodeia e recusam-se a aceitar que têm dentro delas tudo aquilo que lhes incomoda nos outros ou tudo aquilo que a sociedade estereotipa como “mau”. Para sermos completos temos de experimentar os opostos: a felicidade e a infelicidade, a tranquilidade e o desassossego, o amor e o ódio, a verdade e a mentira… negar uma parte de si é caminhar para a sombra e achar que vai a caminho da iluminação.

Mas aquilo que quero deixar aqui registado é que já acreditava na Lei da Atracção mas nos últimos dias tudo tem acontecido de uma forma quase mágica, tudo aquilo que preciso saber tem sido desvendado no momento oportuno e agora sinto, mais do que nunca, que determinadas pessoas foram estrategicamente colocadas na minha vida para ajudar-me a conhecer-me melhor e a atingir os meus objectivos mais imediatos.

Tudo começou no momento em que pisei o Aeroporto Internacional da Madeira para abandonar, temporariamente, a “Pérola do Atlântico”. Foi aí que comecei a conhecer pessoas que manifestaram uma pronta disponibilidade em ajudar-me e, portanto, acompanharam-me nos primeiros passos deste grande desafio que a vida me colocou.

Além disso, tenho conhecido pessoas com bastante frequência e tenho aprendido muito com elas, mesmo quando posso não as ver mais nesta vida. Às vezes noto que os sentimentos delas coincidem com os meus, por isso, é notório que o universo as colocou na minha vida para possibilitar-me ir até o mais profundo local de mim e resolver marcas do passado que ainda hoje se manifestam.

Estou a adorar esta experiência que a vida me está a facultar e o sentimento de gratidão que habita em mim é verbalmente intransmissível. Depois dos últimos acontecimentos confio absolutamente e sem questionar o universo… tudo ocorre por uma razão.

Deixei muito para trás e sinto-me a começar (quase) do zero, é como nascer outra vez e perceber que as velhas limitações já não têm qualquer espaço face às bênçãos que tenho recebido a cada novo dia.

Tudo isto emociona-me a um ponto que apesar de eu querer explicar-vos sinto-me impossibilitada de o fazer.

Muito obrigado ao universo e a todas as pessoas que ajudaram e continuam a ajudar-me a conhecer-me melhor e a descobrir o ser fantástico que em mim habita.

Obrigado pela empatia que tenho encontrado maioritariamente em pessoas que me são desconhecidas e que agem como se me conhecessem desde sempre dando um contributo incalculável em pequenas coisas que fazem toda a diferença.

Agradeço por sentir que tudo está onde deve estar, que eu estou onde tenho que estar, que posso confiar no universo e que ele tece as teias do destino de forma perfeita.

Questionei tanto como se o rumo dos acontecimentos contrariasse aquilo que parecia ser natural, mas a confiança que sinto agora transcende qualquer questão. Neste momento tudo é incrivelmente simples e perfeito!

sexta-feira, setembro 04, 2009

Quebrar Barreiras



Existem momentos na nossa vida em que somos (subtilmente ou directamente) convidados a sair da nossa zona de conforto e nos desafiarmos. Claro que como seres completos que se pretende que sejamos existem sentimentos como os de incerteza, receio, hesitação e até mesmo de medo em pisar um “terreno” desconhecido, em sair do nosso refúgio que parece deixar-nos a salvo de tudo o que achamos que é melhor evitar.

Nesta semana recebi um convite directo a fazê-lo e os próximos meses serão bastante desafiantes em que as palavras-chave serão: desafiar-me, quebrar barreiras e alargar horizontes.

Vou sair da minha zona de conforto, ou seja, da minha casa, da minha maravilhosa ilha que eu tanto gosto, de um “espaço” que tem elementos e pessoas que me são bastante familiares a caminho de uma experiência que vai, certamente, enriquecer-me bastante, não só a nível pessoal como a nível profissional.

Darei notícias num tempo e espaço diferentes dos que me encontro neste momento…
Até breve!

segunda-feira, agosto 31, 2009

Ana Carolina - Aqui



Aqui
Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora

Se fico um tempo sem te procurar
É pra saudade nos aproximar
E eu já não vejo a hora

Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar

Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está

Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim

Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que não sente nada

Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada

Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar

Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está

Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Em mim...

Aqui.

quinta-feira, agosto 27, 2009

Relatório Diário:

- Alarme de incêndio… barulho ensurdecedor… bombeiros devidamente equipados para o efeito… onde está o fogo? Nowhere!

- Entrega da “masterpiece”… ainda vão receber novas minhas!

- Telefonemas e mais telefonemas… como se o mundo estivesse prestes a terminar e eu fosse a única criatura capaz de contrariar o rumo dos acontecimentos…

- Nuvem de pó que fez-me adquirir um bronzeado de fazer inveja a qualquer cliente assíduo dos solários.

Sem dúvida um dia emocionante… adorei ser uma das personagens deste filme de acção!

quarta-feira, agosto 12, 2009

Sei quem és…



Foto: PG
Tenho uma certeza inabalável de conhecer-te além do óbvio, da aparência, das perspectivas simplistas dos outros, das palavras melodiosos e silenciosas que trocámos em tão poucos momentos.

É algo que transcende a razão, que não se equipara à intuição mas que dá a certeza de que o rio corre para o mar, apesar dos desvios de rota.

Eu compreendo cada parte de ti que foge de ti próprio, que acha que pode contrariar aquilo que é natural, camuflando com ausências, lugares e pessoas que são anti-naturais e apenas sustentam algo que é fugaz.

Há um sorriso que cresce e floresce nos meus lábios sempre que penso em ti…

Não há uma separação física ou temporal entre o “Eu” e o “Tu”… Desde o primeiro dia que te vi observei os movimentos harmónicos do Universo a escrever a palavra “Nós” para designar a inevitabilidade de uma saída comum.

Admiro-te tal como és… sem mudar uma vírgula ou um ponto.

Aceito-te mesmo quando pensas que podes fechar as portas que te levam para um lugar dentro de ti que não gostas e recusas ver… Sei que um dia vais aceder a essa parte de ti e perceberás estas palavras na íntegra…

Eu amo esse teu jeito simples de falar, sorrir, olhar… de fazer parte do meu mundo mesmo agora que, no sentido mais literal, estás distante...

Não é necessária a tua presença física porque estás presente a um nível que mais ninguém consegue estar…

A realidade não causa qualquer interferência naquilo que vejo para além do que os olhos alcançam… Vejo o que sei que agora não vês. Não tem importância, tenho a certeza que estás a seguir por um atalho que vai orientar-te para “O” caminho…

És mais que uma recordação, mais que alguns poemas escritos, bem mais do que aquilo que tento dizer e não consigo…

Estou contigo de mãos entrelaçadas num momento que transcende qualquer espaço e tempo…

Sei que, provavelmente, este não é o melhor momento mas… esta é a minha sentida homenagem à pessoa espectacular que sempre soube que és... Adoro-te!

segunda-feira, agosto 03, 2009

DESAFIO




Imagem: Google
Esta semana iniciou-se com um grande DESAFIO, um daqueles que, inicialmente, causam um impacto tão grande que parece que fomos atirados contra uma parede a alta velocidade sem qualquer protecção adicional.

Senti-me assim durante algum tempo e, apesar do choque frontal com os meus sentimentos ter sido violento e frio, a tristeza sobrepôs-se às feridas que daí resultaram.

Deleitei-me com cada lágrima que caiu no meu rosto convicta de que, brevemente, experimentaria o sentimento oposto.

E não demorou muito tempo até que isso acontecesse…

Hoje ao acordar deparei-me com duas opções:

  • Deixava que um facto exterior a mim e sobre o qual eu não tenho qualquer tipo de controlo afectasse o meu estado emocional

Ou

  • Sorria para a vida.

Olhei pela janela e vi um dia maravilhoso nascer. Estive ali algum tempo a contemplar aquele despertar tão imponente e sublime da natureza. Era tudo tão natural… numa naturalidade tremendamente simples e emocionante.

O curso da vida é, de facto, tão perfeito como as forças da natureza – constatei eu.

A minha opção foi bastante fácil: decidi sorrir à vida e, por isso, ao dirigir-me para o meu local de trabalho sorri a todas as pessoas que encontrei e desejei um bom dia. Vi alguns rostos se iluminaram depois daquele simples gesto mas, acima de tudo, senti-me imensamente grata por poder partilhar com tudo e com todos este amor contagiante que em mim habita em abundância.

É certo que este foi, sem dúvida, um ponto de paragem e de reorganização interna face a um dado adicional que inesperadamente surgiu mas tenho a convicção que nada acontece por acaso.

Este acontecimento algures neste ponto da minha evolução e a forma como eu o encarei é a prova que eu precisava para perceber que habita em mim uma força inabalável que permite-me aceitar a realidade e continuar a minha caminhada pela vida com mais força, confiança e, sobretudo, com muito amor.

É um amor que não depende de qualquer factor exterior, faz parte de mim, está em mim, habita em mim…

Hoje eu escolho viver plenamente esse amor e olhar para todas as coisas com os olhos desse amor que é infinito e que me preenche.

Uma semana com muito amor para todos!
:)

quarta-feira, julho 29, 2009

Fazer-se de difícil...

Ora viva caros leitores.

Hoje o tema que serve de inspiração a este post é, nada mais, nada menos, do que uma expressão que se ouve muito por aí que, em traços gerais, exprime o seguinte pensamento:

“Tu armas-te em difícil mas isso ainda é mais desafiante”.

Então pus-me a deambular algures na minha mente e tentei descobrir afinal o que é isso de fazer-se de difícil.

Em seguida apresento uma lista de hipóteses / questões em relação ao tópico de debate.
Fazer-se de difícil é…
  • Construir uma pista de obstáculo em que se a outra pessoa chegar à meta é galardoada com um inigualável prémio, ou seja, nós próprios?!

  • Colocar alguém num labirinto à espera que essa pessoa encontre saída quando já foram vedadas todas as saídas possíveis?!

  • Colocar o cão de Pavlov a salivar (RC) com o toque de uma campainha (EC) a pensar que a seguir vem um belo prato de comida e no final das contas não há comida para ninguém?!

  • Dar uns rebuçados à “criancinha” de vez em quando para ela adoçar a boca e acreditar que a seguir terá um chocolate (keep dreaming!)?!

Enfim, o que eu acho é que tudo o que tem de acontecer, acontece naturalmente e não há cá dificuldades ou facilidades, isso são conceitos da nossa mente para pintar a realidade da cor que mais nos apraz ver…

sexta-feira, julho 17, 2009

Reencontro




Será uma mera casualidade?
O destino a pronunciar-se timidamente?
Uma nulidade que deslumbra pela sua totalidade?
Ou somente a energia a aglomerar-se conscientemente?

Não, não é inquietação: é pacificidade!
Não, não é expectativa: é convicção!
Não, não é ironia: é tão-somente a verdade!
Não, não é apatia: é uma sublime emoção!

Vês a energia vibrante em cor?
Sentes o espectro da luz atravessar-te o corpo?
Não é eloquente e inigualável este sabor?
Não é deslumbrante esta magia sem rosto?

Sim… é uma sensação fantástica!
Numa afinidade autêntica e inevitável
Sim… é uma situação curiosamente enigmática
Ante a tua energia contagiante e inesgotável.

E ora que “agrafados” estamos nesta sedutora utopia
Neste vendaval de sensações que é adivinhar-se deleitado
Numa pureza de noite tão cintilante como o dia…
Eis-me aqui a poetizar a satisfação de ter-te reencontrado!

terça-feira, julho 14, 2009

Sessão de Lançamento do livro “Apenas Uma Fase”










































Fotos: Zeca

No dia 11 de Julho de 2009 às 11h, decorreu no Auditório da Reitoria da Universidade da Madeira a sessão de lançamento do livro de poesia intitulado Apenas Uma Fase – Divagações da autoria de Cláudia Nóbrega que foi apoiado pela Câmara Municipal de Machico.

A apresentação do livro foi efectuada pela Professora Lucinda Freire e Pedro Galvão, moderada por Felícia Nóbrega e contou com a actuação musical da Profonia (docentes pertencentes à Escola Básica e Secundária Bispo D. Manuel Ferreira Cabral de Santana).

Obrigado a todos pela presença e colaboração! :)

terça-feira, julho 07, 2009

Totalidade

Imagem: CN


Eu não sou um fragmento isolado do todo, porque tudo é totalidade numa união inquebrável.


Quando focamos a nossa atenção em algo esquecemos muitas outras coisas que fazem parte integrante desta nossa totalidade.


Enquanto escrevo este texto existem uma série de movimentações lá fora que continuam a existir, independentemente, de eu estar consciente delas ou não.


Na verdade, tudo está interligado por algo que, apesar de invisível, está lá o tempo todo, que é a energia. A energia está presente em tudo o que nos rodeia, seja um organismo vivo ou não.


Acredito que um dos grandes objectivos da evolução do ser humano é tornar-se cada vez mais uno consigo próprio e com o universo. Para isso, há um caminho a percorrer, um caminho traçado pelo amor, amor esse que habita em todos nós.


Uma excelente semana para todos!
...

quarta-feira, julho 01, 2009

terça-feira, junho 23, 2009

Autora madeirense lança livro

A obra de Cláudia Nóbrega será lançada em Julho, na Universidade da Madeira

A obra tem por título 'Apenas uma fase', mas representa muito mais do que isso na vida da sua autora. Trata-se da primeira publicação, em livro, de Cláudia Nóbrega, uma jovem de Machico que viu esta oportunidade surgir através da 'Corpus Editora'. O livro de poesia será lançado no dia 11 de Julho, pelas 11 horas, no auditório da Reitoria da Universidade da Madeira.

Ao longo de pouco mais de 40 páginas, contam-se sentimentos, momentos ou simplesmente divagações, sendo todos os poemas acompanhados pela data em que foram escritos. Um deles foi o vencedor de um concurso realizado pela Junta de Freguesia de Machico, no Dia dos Namorados, e o responsável pelas mensagens de incentivo que chegaram junto de Cláudia Nóbrega para que tentasse a sorte junto das editoras.

O interesse pela poesia surgiu por volta de 2005. Até então, considerava que não tinha muito "jeito", mas um dia sentiu uma vontade inexplicável de escrever e desde essa altura não parou. Nem sempre por um motivo especial, mas porque as palavras começam a formar-se na sua mente, dando origem a novos poemas. Contudo, o estado de espírito também se reflecte na escrita. Cláudia Nóbrega sublinha que, no início, tinha uma postura mais "isolada" e "introvertida", sendo notório uma maior melancolia naquilo que escrevia. Com a entrada numa nova fase da sua vida, em que começou a encará-la de uma forma mais "positiva", também os poemas e os temas neles contidos sofreram uma evolução. "Comecei a ver que existem imensas possibilidades e que nós vemos aquilo que queremos ver".

Tal como muitos outros autores de poesia, Cláudia Nóbrega aproveitou as potencialidades da 'blogosfera' para dar a conhecer alguns dos seus poemas. É, aliás, daí que surge o título do livro, cujo prefácio é assinado pelo historiador e poeta José Eduardo Franco, também ele natural de Machico, o qual tem por pseudónimo literário Medina de Gouveia.

Serão editados 300 exemplares, 50 dos quais a adquirir pela Câmara Municipal de Machico, que apoia a publicação.

A jovem não sabe se a este livro seguir-se-ão outros, mas de uma coisa tem a certeza: "Vou continuar a escrever independentemente dos trabalhos serem publicados ou não. É uma paixão minha".


'Apenas uma fase' é a 1ª publicação de Cláudia Nóbrega, de Machico.


Poema 'Pensamento Nebuloso'

"Era um passo descompassado... oh se era...

Pouco definido, desencorajante, talvez trémulo...

Pé ante pé... receando a quimera Num pensamento nebuloso, deveras supérfluo.

Mas ora anunciei guerra ao medo e ripostei: 'Basta de divagações, reflexões... indecisões! É chegada a ocasião que algures na intuição criei Em que me deixo acalentar pelas mais sublimes emoções".


Jornalista: Sílvia Ornelas
Diário de Notícias, Funchal, 23 de Junho de 2009.

quarta-feira, junho 17, 2009

Sugestão Literária



«Quem sou eu?» é a única pergunta importante, e a única que jamais é respondida.


(Deepak Chopra)

quinta-feira, junho 11, 2009

Registo ultra-secreto












































Registos a manter nos ficheiros ultra-secretos:
- Jamais circular em veredas (e ponham vereda nisso) quando existem caminhos que são bem mais transitáveis.

- Adquirir (com relativa urgência) um protector solar com um maior factor de protecção para não voltar a ser confundida com um camionista. Aliás, neste momento um pós-solar é um melhor investimento...

- Não prosseguir o caminho quando existe uma criatura a (tentar) fazer trapezismo numa ponte de madeira semi-destruída.

- Não aceitar ajuda de desconhecidos, particularmente do sexo masculino, porque nunca se sabe qual a recompensa que eles consideram justa pelo seu acto heróico.

Em suma: estimei!!!