domingo, dezembro 23, 2007




segunda-feira, dezembro 17, 2007

Confissão

Poderia divagar e acreditar que tudo não passa de um sonho fugaz, no entanto, nesta situação torna-se premente a necessidade de recorrer à objectividade à luz da minha subjectividade. Assim, de forma concordante com esta objectividade subjectiva confesso que tudo perde o encanto...

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você. Friedrich Nietzsche

Numa tentativa de contrariar as minhas “obrigações” académicas, decidi debruçar-me sobre a frase acima citada, que encontrei algures neste imenso mundo que é a Internet, e interpretá-la à luz da minha subjectividade.

Considero que nada ocorre por mero acaso e a analogia feliz, da parte de Nietzsche, aos monstros dos quais nos fazemos rodear, também não é fruto do acaso. A vida poderá ser uma luta constante, segundo muitos, embora essa luta, em alguns casos, não tenha motivo ou quando o tem, muitas vezes perde-se, no sentido em que há como que uma amnésia, em determinados instantes da nossa vida, sobre qual o motivo da nossa luta e persistência.

Incertezas e amnésias aparte, há uma alerta nesta frase que nos remete para a possibilidade de nos virmos a tornar em mais um desses monstros. Afinal quem são esses monstros de quem nos fazemos rodear? Parece-me algo evidente que a sociedade é composta de monstros, pior, somos governados por verdadeiros monstros que nos querem tornar iguais a eles ou, pelo menos, algo semelhantes.

Face a isto ocorre-me a imagem mental de uma fábrica de seres humanos, em que há um molde ou protótipo e o produto final é sempre muito semelhante a esse “modelo”. Esta descrição pode chocar muitos, no entanto, cada vez nos fazemos rodear mais de monstros, que não têm consciência desta situação ou reduzem-se ao senso comum, ignorando-a por completo. Em qualquer um dos casos, parece eminente ou mesmo incontornável a transformação dessas pessoas em monstros.

A questão que se coloca é: será que podemos contrariar o que parece ser uma tendência natural para nos convertermos em monstros? Não pretendo dar uma resposta satisfatória a esta questão, até porque presumo que ninguém o conseguirá, mas acho que temos a capacidade de contrariar esta tendência natural. Não temos de seguir pelo caminho mais transitado, não temos de seguir em frente só porque nos parece mais óbvio, porque nem tudo é óbvio, nem tudo é evidente: tudo é questionável, tudo é dubitativo!

Neste processo surge o abismo, aquele em que nos vemos mergulhados quando nos apercebemos de que tudo o que parece evidente, não passa de um miragem, de um engano. É aí que tudo o que temos como certo se desmorona como um castelo de areia perante uma rajada de vento e podemos ter a tentação de mergulhar no abismo.

No entanto, não devemos ficar a contemplar esse abismo que, por momentos, parece ter-se abatido sobre nós, pelo contrário, devemos ter consciência da sua existência, mas não deixar que ele tome parte integrante da nossa existência.

Com tudo isto é facilmente perceptível que a frase de Nietzsche tem uma interpretação muito mais profunda do que qualquer pessoa lhe possa conferir, no entanto, ao ter cometido a ousadia de tentar interpretá-la, posso ter corrido o risco de ter alterado o seu verdadeiro sentido. Se o fiz, alego em auto-defesa que é na subjectividade subjacente a este interpretação que está a sua questionabilidade.

sábado, dezembro 01, 2007














Pode ser vã esta novel jornada,
Supérfluo ambicionar uma mudança,
Desnecessário olhar para o exterior,
E idear que o dia será resplandecente.

Mas há uma avalanche de emoções que não cessa,
Um turbilhão de sensações que impera
Pois a expectativa lança os dados
E no meio da inocuidade cometem-se pecados.

Sei o quão frívolas são as expectações
Ante a ardência do teu corpo agregado ao meu
E à dubiedade que ainda não feneceu.

terça-feira, novembro 27, 2007

Música do dia...

A caminho da essência eu verifico a cadência
da materia que se mostra mim livre de regência
mato a dor de sentir demais, de amar demais, de pisar demais
em convenções fundamentais
encho a cabeça mas não há carga nos contentores
digo olá aos meus amores, benvindas novas cores
da utopia eu crio a filosofia todo o dia quando a apatia
senta no meu colo e arrelia
eu faço a liturgia da verdadeira alegria
música nos meus ouvidos água benta em benta pia
a caminho com prudência eu não esqueço a violência
que levou alguns dos melhores da minha existência
mata a saudade de curtir demais, de tirar demais, de pisar demais
em convenções fundamentais
eu uso o tacto pra tazer a água da minha fonte
hoje em dia nem sequer preciso de atravessar a ponte
tenho a palavra escrita a tinta negra na minha pele
menina dos meus olhos, doce como o mel
palavra puxa palavra põe-me disponível pra amar
tudo aquilo que me seja sensível
e não são poucos aqueles que eu quero sem querer os poder ver
foi tanto o que me deram para nunca mais esquecer
palavra de honra, guardo a a palavra no meu bolso
na parede, no conforto de uma cama de rede
PALAVRA DE HONRA!


Da Weasel - A Palavra (Tema para Sassetti)

quinta-feira, novembro 08, 2007















Cansaram-se os olhos de te enlevar
Gastaram-se as palavras de tanto silenciar
Consumiram-se as noites e o luar
Extinguiu-se a ofuscação e o delírio de te amar.

Feridas que emergiram sem a esperança de findar
Velozmente enclausuraram o sangue que tencionava brotar
Porque é errado amar e penosamente o amordaçar
Porque a tua indiferença e apatia já me estavam a lacerar!

Oh metamorfose, oh vida que me acompanhais!
Oh desengano que tantas vezes me adornais
A ti me venço como profética serva…

sábado, novembro 03, 2007

Sugestão Musical

David Guetta - Pop Life (2007)

quarta-feira, outubro 24, 2007

Valerá a pena tornar a utopia mais alcançável?

Será congruente gritar quando Todos só atendem ao seu silêncio?

Devo forçar um poema ou deverei isolar-me da colectividade todas as vezes que essa inspiração desponta nas circunstâncias mais triviais?

Hoje apetece-me afrontar o que é vulgar, ceder aos meus instintos mais viscerais, sacrificar a apatia em nome de uma excentricidade, ser diferente ou possivelmente, ser mais Eu, mais genuína, menos comandada por aquilo que a sociedade cataloga como “certo” ou “errado”.

Então e o equilíbrio tão falado e pouco usado? Nem tudo se reduz a compartimentos estanques que ninguém quer fundamentar nem debater!

Queria poder descobrir a minha autenticidade, mas receio que isto pertença a um mundo utópico!

Queria expulsar estas palavras tantas vezes travadas em nome de um sentimento humanamente decadente, mas debato-me com a dubiedade de que as mesmas não interessem a absolutamente ninguém…

domingo, outubro 07, 2007

Desabafos de Domingo

Este representa só mais um dia insignificante, algumas horas aglomeradas das quais asseguro não vir a contrair qualquer tipo de nostalgia.

Observo a quietude da natureza, contento-me com a agitação da música que remete para a importância de sermos nós próprios e de não reproduzirmos um conjunto de comportamentos que nos transfiguram em seres inanimados, cujo sentido crítico e espírito de iniciativa nunca abundou, aliás, nem existiu.

Por momentos estive envolvida na áurea mística para a qual nos transporta a poesia de Florbela Espanca. Em alguns minutos reli os cinquenta poemas que constituem a obra “Eu não sou de ninguém” da autora e revi-me em muitos desses poemas, como se alguém colocasse um espelho diante de mim e poetizasse tudo aquilo que me vai na alma.

Prossegui para a obra “Sonetos” também de Florbela Espanca, editada em 1978, e reli alguns dos sonetos que outrora havia seleccionado. Ironicamente e apesar de terem passado alguns meses desde que li pela primeira vez a obra e seleccionei os poemas com os quais me identificava mais, apercebi-me que no momento presente continuo com o mesmo sentimento de empatia com que me havia confrontado no passado. Não quero interpretar este facto, até porque é isso mesmo, um facto, e por mais teorias criativas e recreativas que eu possa expor não vão, em nada, mudar o rumo dos acontecimentos.

Quando leio poesia tão sentimentalista ocorre-me sempre um pensamento: seria mais fácil ser racional do que passar por um vendaval de emoções que (infelizmente) muitas vezes não tem o melhor desfecho. Será coerente passar grande parte da vida a tentar preencher o vazio com outras pessoas quando somos nós que nos temos de complementar a nós próprios?! Acho que o grande erro da existência humana reside aí mesmo: na busca inútil de algo que possuímos e que muitas vezes nem nos chegamos a aperceber.

A racionalidade é mais verdadeira, mas como tudo precisa de oposição para fazer-nos (tentar) atingir o equilíbrio, que não é mais que uma utopia, foi criada a sensibilidade: tantas vezes traiçoeira e outras, porém, companheira.

Estou ciente de que quando vertemos uma série de pensamentos para um papel tudo parece extraordinariamente simples, todas as contrariedades propostas pela vida parecem minimidades e podem, de facto, sê-lo, se as enfrentarmos como tal.

Sei que tudo parece vago quando generalizamos e mais confuso quando especificamos, mas sinto-me mais protegida na generalização e a pisar terreno perigoso quando sou confrontada com as especificações. Como tal, continuarei percorrendo o caminho da vida como alguém que generaliza tudo mas que não se consegue abstrair das especificidades, aliás, sou muito atenta a todos os sinais que me são enviados, infelizmente há quem os ignore. Com o intuito de complementar esta ideia vou citar as palavras imortais de Florbela Espanca:

“(…) E eu ando a procurar-te e já te vejo!
E tu já me encontraste e não me vês!”

quinta-feira, setembro 27, 2007

Estes últimos dias têm constituído uma espécie de déjà vu, uma vez que existem muitos aspectos deste início de ano lectivo que não são, propriamente, uma inovação. O que poderá constituir uma novidade é o tão citado Processo de Bolonha que agitou, e vai continuar a agitar, o Ensino Superior no geral.
Apesar de tudo isto confesso que não deixo de sentir alguma nostalgia relativamente aos três meses que antecederam este início de aulas, pois foram portadores de muitas coisas positivas.
Apesar de não ter tido a oportunidade de desfrutar de férias, no verdadeiro sentido do termo, de uma coisa estou certa: este Verão teve e terá algumas repercussões positivas em alguns aspectos da minha vida.
Considero que nada na vida ocorre por mero acaso e, de facto, existem coisas que inicialmente não fazem muito sentido mas com o decorrer dos acontecimentos tudo se torna mais lógico.
Não tenciono criar nenhum tipo de expectativa até porque acho que as expectativas são formas de nos desiludirmos: sem expectativa não pode haver desilusão, como tal, prosseguirei confiante com a certeza de que independentemente do que ocorrer jamais deixarei de acreditar.

sexta-feira, agosto 10, 2007

Peaceful Music




But there are sometimes, there’s no way to explain
And there’s no rhyme or reason for the way that I’m feeling this pain
I just get so emotional, so emotional
When there’s no way off the floor and there’s no-one else’s door to lay the blame



Lose me, do you see me?
Round and round once more
I do adore you.

Além do momento

Ah, poder verter uma porção de luz
Sobre a alma à muito derramada
Tentando imitar as paranóias do mundo
Sempre alucinante, sempre delirante…
Sou mais que o momento
Bem mais do que uma enigmática cópia
Quero ser o que queria ter sido
Na incerteza de nunca o virei a ser.

Resisto a todas essas fraquezas
Cintilando apenas na minha consciência
Que aclama o passado inconsciente
Que chora quando todos descansam
E na hora serena soluça no silêncio imposto
Pensando num espaço e tempo que é nada
Nalgumas individualidades que não passam disso mesmo

O solo não é termo
Culmina as subsistências renunciantes
E ser um fragmento de terra árida errante
Antes ser um louco desacordado…


Cláudia Nóbrega
15 de Junho de 2007

sexta-feira, agosto 03, 2007

Conselho Musical


Artista:
Darren Hayes
Nome do álbum:
This Delicate Thing We've Made
Ano:
2007
Site Oficial:


Músicas:


Vídeos:

Who Would Have Thought?




On The Verge Of Something Wonderful




Balanço




Algum trabalho… muito trabalho!
Várias despedidas… uma relevante!
Monotonia… períodos de grande agitação!
Algumas saudades: lentamente te encaminho para o esquecimento…

quinta-feira, julho 26, 2007












Luto desperadamente contra a máscara
Que o finito me coloca
Sinto o âmago da minha sôfrega existência desvanecer
Às vezes desconheço quem sou: tantas vezes!
A essência da vida está na autenticidade
A limpidez é irrelevante
O vento dá voltas para cessar no mesmo instante
Volvendo à quietude indigna do pobre sonhador.

Uma metade de mim grita a outra pacifica
Sei da inutilidade destas palavras
Quero escrever no vazio que me consome
Mas suponho que nada o satisfaz…

quinta-feira, julho 19, 2007






I am writing
To tell you
I have nothing important to say.

domingo, julho 08, 2007

"Férias" 2007


Tem havido muita poesia por cá nos últimos tempos, como tal, tomei a sensata decisão de voltar à prosa, muito embora eu considero que um poema muitas vezes é mais elucidativo de que um livro inteiro, para quem o souber interpretar, como é óbvio.

Neste momento estou oficialmente de férias no que concerne à universidade, confesso que não estava à espera de ter este privilégio tão cedo, uma vez que já estava preparada psicologicamente para ir à segunda ronda do último exame que fiz.

Tendo presentes os factos referidos anteriormente, já me despedi temporariamente da vida estudantil, uma vez que em Setembro voltarei novamente ao activo, e assumi outro “papel”, ligeiramente distinto. No presente momento estou empenhada em ampliar a minha formação profissional e pessoal, uma vez que estou a desempenhar uma das funções que constam nas saídas profissionais do curso que estou a frequentar.

Apesar de só estar a trabalhar há uma semana considero que este trabalho tem ajudado imenso, no sentido em que tenho reflectido e isso vai ajudar-me a delinear alguns dos caminhos que quero percorrer em termos académicos e, consequentemente, em termos profissionais.

Vou dando novidades, embora o meu tempo ande um pouco mais restrito nestes últimos tempos, de qualquer forma sou da opinião que só não temos tempo para aquilo que não queremos, o que vai de encontro à conhecida expressão "querer é poder!".

sexta-feira, julho 06, 2007

Saudade























Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!

Florbela Espanca

terça-feira, junho 26, 2007

Sonho Vago













Um sonho alado que nasceu um instante,
Erguido ao alto em horas de demência…
Gotas de água que tombam em cadência
Na minh’alma tristíssima, distante…

Onde está ele, o Desejado? O Infante?
O que há-de vir e amar-me em doida ardência?
O das horas de mágoa e penitência?
O Príncipe Encantado? O Eleito? O Amante?

E neste sonho eu já nem sei quem sou…
O brando marulhar dum longo beijo
Que não chegou a dar-se e que passou…

Um fogo-fátuo rútilo, talvez…
E eu ando a procurar-te e já te vejo!
E tu já me encontraste e não me vês!…

Florbela Espanca

segunda-feira, junho 25, 2007

Nutro uma chama dissemelhante,
Um enobrecer harmonizante,
Um vórtice que revolve nas profundezas
Laborando a terra árida
Que se deixa fecundar pela tua imensa beleza.

Encerras o artifício da tentação
Representas o gérmen da sedução
Que ensandece qualquer consciência
Transfigurando-a em sensibilidade
Graças ao olhar que parece uma irrealidade.

quinta-feira, junho 21, 2007

What's my age again?

Face a este dia só me lembro de uma música dos Blink 182 chamada “What’s my age again?” que dizia “Nobody likes you when your 23”, mais comentários para quê? :-)

quinta-feira, junho 14, 2007

Love is...

Existem momentos da existência de um ser humano em que o mesmo não consegue reprimir mais os seus sentimentos e tem de exteriorizá-los. Uma das possíveis formas de fazê-lo é escrevê-los e enviar à pessoa que nos suscita esses sentimentos, embora seja mais interessante dizê-los pessoalmente, mas na impossibilidade de o fazer porque não arranjar uma alternativa?!
Qualquer rapariga que se preze fica comovida quando recebe uma declaração por escrito de um rapaz que saiba escrever de forma eloquente algumas palavras, que formam frases e, consequentemente, alguns parágrafos.

Toda esta conversa serve para introduzir a carta mais romântica que alguma vez tive o privilégio de ler, no entanto, a destinatária da carta não sou eu mas sim uma das minhas queridas irmãs. Devo dizer que a minha irmã suscitou os mais belos sentimentos num rapaz que quis expressar todo esse turbilhão de sentimentos que lhe iam na alma, só de olhar para as fotos dela.

É um cunhado assim que eu quero para mim, que consiga escrever um texto eloquente, demonstrativo de sensibilidade e acima tudo que saiba expressar os seus sentimentos em qualquer idioma.

Acho que já me estou a alongar demasiado, a esta altura já estão todos curiosos para poder maravilhar os seus preciosos olhos com um parágrafo que até faz o Dom Juan repensar as suas técnicas de engate.

A seguir têm as palavras preciosas para se poderem deliciar (vão buscar lenços porque as palavras que aí vêm impressionam qualquer ser humano):

A identidade do autor foi ocultada por motivos óbvios: depois da publicação de uma obra de arte destas o que não lhe faltarão são convites para editar os seus textos. Ele, para já, prefere o anonimato, como tal, vou respeitar a sua vontade.

A minha vida nunca mais será a mesma depois de ler estas palavras e a minha irmã nunca mais vai encontrar alguém que supere esta declaração!

terça-feira, junho 12, 2007

Incubus

Não poderia deixar de registar neste espaço o mais recente Vídeo Clip daquela que é, indiscutivelmente, a minha banda de eleição (que o digam as minhas irmãs que já estão fartas de ouvir Incubus: coragem sisters!).

Aliás, até o facto deste blog ter como link “apenas uma fase” remete para uma música dos Incubus intitulada “Just a phase”, é caso para dizer que “quem gosta, gosta sempre”.

Acho que é chegado o momento em que as palavras são desnecessárias, é só carregar no “play” e desfrutar…

Sugestões Musicais

Já há algum tempo que não apresento as minhas sugestões a nível musical, como tal, acho que este é o momento oportuno para fazê-lo.
No que concerne a álbuns discográficos recomendo:


Espero que os apreciem tanto como eu!

terça-feira, junho 05, 2007

Balanço:

1 Unidade Curricular aprovada;
1 Boa nota num trabalho de grupo;
1 Frequência com uma questão para a qual ninguém tinha resposta;
Muita esperança face às notas que ainda se mantêm no “segredo dos deuses”;
1 Sessão de cinema para festejar a última frequência do semestre;
1 Aniversário que se aproxima (Nota: comprar creme anti-rugas! lol);
1 Unidade curricular semi-reprovada (dia 30 de Junho é para a perdição! lol);

…e …

1 Sentimento meu;
1 Olhar teu;
1 Presença que embora esporádica cativa!

segunda-feira, maio 28, 2007

sábado, maio 26, 2007


Encontro-me naquela época do semestre em que começam as frequências e as datas de entrega dos trabalhos ou já terminaram ou estão prestes a terminar.

Mas na verdade o que me leva a escrever este post é um facto que considero inédito no meu percurso académico. Aproxima-se uma frequência e já fiz um esforço sobrenatural para tentar lembrar-me do que dei ao longo do semestre nessa unidade curricular, no entanto, não me lembro de nada.

Se eu tivesse faltado às aulas, teria aí a minha explicação para este estado amnésico, no entanto, apenas faltei numa manhã em que a razão apoderou-se da minha consciência e pediu-me um bom motivo para ir à aula, como não consegui uma resposta plausível e minimamente convincente, faltei á aula.

Presumo, ou melhor, tenho a certeza que este estado amnésico é comum a todos os “sobreviventes” que ainda se convenciam dia após dia que podiam aprender algo de novo na referida aula.

Agora que tive de olhar para os documentos que foram distribuídos ao longo do semestre apercebo-me que cada um representa uma novidade consecutiva, é como navegar num autêntico “mundo novo”.

É caso para dizer: será que o problema é meu? É uma possibilidade ou talvez não…

quinta-feira, maio 24, 2007














Cravou-se-me um punhal no peito
Que fere perante Vossa indiferença
Ampliando a tristeza que me toma
O dia que ao terminar goteja
A vida que grita, desespera, consome…
O sangue que derrama a cada minuto
Irradiado pelos sonhos que ardem
Que afogueiam uma vida de insulamento
Que antecipam o julgamento
Do pensamento sem qualquer motivação.

Sinto o Vosso olhar longínquo
A alheação que esfaqueia meu corpo
E ora sei que para Vós quimérica sou
Não sou mais do que uma minimidade
Mera poeira do tempo que rapidamente cessa
Causticando a passagem
Provocando uma inconveniente bafagem
Que a Vós incomoda e a mim amargura
Por colher apatia daquele que amo
E que finge não se aperceber desta vivência…

Cláudia Nóbrega

domingo, maio 20, 2007












Odeio-te piamente
Fico colérica face à tua existência
Que me furta a mansidão
Que me apedreja em padecimento
Que se oculta sem dó nem clemência…
E odeio-te com um rancor visceral
De quem te ama excessivamente…
Cláudia Nóbrega

quinta-feira, maio 03, 2007















Bebo todas as palavras que proferes,
Beijo o silêncio que velozmente se quebra,
Abraço o sentimento que o momento aglomera
Enaltecendo a vida sem entendimento,
O passar da vida sem tempo,
O amor que grita sem desfalecimento
Expectante pelo desfecho de tão eloquente sentimento.

Revivo todos os teus movimentos:
Devoro cada gesto, cada traço, cada olhar…
Assolo qualquer dúvida, medo, repressão…
Sentindo o que nenhuma emoção pode proporcionar
Vivendo o que nenhuma vida pode contemplar
E navego embalada pela tua existência
Agregando-me à vida que penetrou na minha.

E quando experimento a tua rara presença
Envolvo-me num sentimento que nunca experimentei
Sigo por caminhos que jamais pisei
Catapultando a emoção para cada palavra que profiro
Para cada olhar, cada movimento, expressão…
E sinto a proibição dos meus pensamentos
Que creio coincidirem com os teus para nossa perdição…
Cláudia Nóbrega (2 de Abril, 2007)

sábado, abril 28, 2007

I feel…


Tired,
Sad,
Disappointed,
Small,
Insignificant,
Invisible…





But...

I am not going to lose hope because when it gets darkest the stars come out.

domingo, abril 22, 2007

quarta-feira, abril 18, 2007

Visita de Estudo

Hoje fizemos uma visita de estudo à Escola Básica da Ajuda (Funchal) que foi a primeira escola da Região Autónoma da Madeira a colocar em prática o Modelo TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Communications Handicapped Children).

Este modelo foi criado na Universidade da Carolina do Norte pelo Professor Eric Schopler e, como o próprio nome indica, é um modelo de resposta às necessidades de crianças autistas. O mesmo encontra-se dividido em cinco grandes áreas: Brincar, Reunião, Aprender, Trabalhar e Computador.

Para além disto, o modelo tem de ser acompanhado por técnicos especializados na área do ensino especial, que constroem planos individualizados de intervenção, uma vez que existem vários graus de autismo e é necessário adequar as actividades conforme as especificidades dos alunos em questão.

Considero que esta foi uma experiência muito enriquecedora, na medida em que pudemos observar in loco em que medida é que as características da sala que acolhe as crianças autistas difere das outras salas do ensino regular e quais são os métodos utilizados para concretizar o objectivo de integrar os alunos autistas, da melhor forma possível, no ensino considerado regular.

Para mais informações sobre o Modelo TEACCH aconselho o seguinte sítio:

Os versos que te fiz










Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!


Florbela Espanca

segunda-feira, abril 16, 2007

A Novela Mexicana Continua...

Eu acho que começa a ser perigoso só o facto de eu sair de casa…

Hoje eu e uma colega paramos o trânsito, literalmente!

Íamos nós a caminho da nossa querida universidade e, para tal, tínhamos de atravessar a estrada, uma vez que o carro ficou estacionado ligeiramente longe da mesma. O procedimento normal para atravessar uma estrada é procurar uma passadeira que, só por acaso, foi o que fizemos. Aguardamos alguns segundos até que uma “alma caridosa” decidisse fazer o obséquio de deixar-nos atravessar. Assim foi, houve um rapaz que quis testar os travões do carro e fez uma travagem brusca para deixar-nos passar, acontece que os travões do carro de trás não foram tão rápidos e ocorreu ali um acidente mesmo à nossa frente.

Apesar da nossa estupefacção pelo sucedido percebemos que aquela era a “deixa” para atravessarmos a estrada. A tentar assimilar o que tinha ocorrido, continuamos o nosso percurso e a determinada altura percebemos que os condutores foram tão inteligentes que deixaram escapar as duas testemunhas oculares do sucedido que, ironicamente, éramos nós (pormenores insignificantes).

Ultimamente só nos acontecem coisas estranhas, acho que é mesmo da nossa presença, mas fica um segredo só nosso, senão ainda nos isolam da sociedade… lol

sexta-feira, abril 13, 2007

A concorrência entra em acção!

Ultimamente têm acontecido uns episódios engraçados e hoje não foi excepção!

Hoje, como nós somos umas raparigas aplicadas, fomos fazer uma colecta de preços de vários artigos que são indispensáveis para a realização do Plano de Negócios, para a unidade curricular de Gestão de Projectos em Educação.

Assim foi, na parte da tarde fomos a uma empresa que se dedica ao comércio e distribuição de produtos alimentares e não alimentares. Então levávamos uma espécie de lista que tínhamos elaborado antecedentemente e andamos a registar os preços. Tenho de registar que os funcionários desse local eram extremamente simpáticos porque fizeram a pergunta “precisam de ajuda?” umas vezes consideráveis. Aproveito para dizer que se há coisa que eu não gosto (eu e meio mundo) é de entrar numa loja ou algo similar e que façam esta pergunta, até porque se eu precisasse de ajuda não ia estar à espera que me viessem perguntar (digo eu!).

Mas continuando, percebemos que afinal isso não era simpatia dos funcionários mas sim desconfiança, porque quando já estávamos quase a terminar a nossa colecta veio um deles falar connosco e insinuou que nós podíamos, eventualmente, ser da concorrência e que o que estávamos a fazer era proibido.

Pelo menos ficamos a aprender algo novo: é proibido ir a um espaço comercial ver os preços que são praticados pelos mesmos, agora os consumidores nem podem averiguar os preços para saber quais os locais que têm os preços mais competitivos. Nesta sequência de pensamentos acho que grande parte da humanidade já cometeu a ilegalidade de ver os preços de determinados produtos e não os comprou.

Um outro ponto de reflexão: se nós fossemos, de facto, da concorrência, íamos chegar a essa empresa, tirar um bloco de notas e começar a registar os preços na maior descontracção, não?! Eu não sei quanto a vós, mas se eu fosse da concorrência seria mais discreta e adoptava outra estratégia.

Enfim, nestes dias há coisas que só acontecem mesmo às nossas pessoas!

quinta-feira, abril 12, 2007

quarta-feira, abril 11, 2007

Deep thoughts

É sempre bom encontrar em frases proferidas por outras pessoas um ponto de encontro com os nossos ideais, com os nossos lemas de vida, com os nossos medos, hesitações, incertezas ou simplesmente encontrar um alvo de reflexão.
No momento presente surgiu um grande alvo de reflexão, embora tudo seja mais fácil perante a ignorância de tudo o que se passa (ou não).
Vamos às frases que este texto está ligeiramente (para nem dizer completamente) confuso, mas acho que isto é o reflexo da minha consciência!

O homem mergulha na multidão para afogar o grito do seu próprio silêncio.
(Rabindranath Tagore)

Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.
(Madre Teresa de Calcutá)

O coração tem razões que a razão desconhece
. (Pascal)

Se encontrares um caminho sem obstáculos, pensa que talvez não te leve a nenhum lugar.
(Autor desconhecido)

Não se deve ter medo de dar um grande passo quando for altura disso. Não se pode atravessar um abismo aos saltinhos.
(David Lloy George)

Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer.
(Molière)

Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado. Mas nada pode ser modificado enquanto não for enfrentado.
(James Baldwin)

terça-feira, abril 10, 2007

Que dia!

Hoje foi um daqueles dias dignos de registo cinematográfico.

Eu explico: hoje, para variar um pouco, decidimos ir para a casa de uma colega fazer um trabalho de grupo (no Caniço) mas, como nós somos umas raparigas civilizadas (às vezes), achamos bem levar qualquer coisa para confeccionar para o almoço. Chegada a hora de confeccionar o almoço conseguimos, ou melhor, o fogão conseguiu a proeza de queimar os hamburgers de galinha de tal forma que os mesmos atirados à cabeça de alguém abriam um buraco. Mas como as imagens valem mais do que mil palavras aqui têm o resultado das nossas "experiências culinárias".

Quando pensamos que mais nada ia acontecer, percebemos que estávamos completamente enganadas! Daí a pouco quando fui consultar a minha caixa de correio electrónico apercebo-me que eu e uma das girls tínhamos reunião no Funchal às 15h, ou seja, daí a 40 minutos (aproximadamente). Foi uma autêntica corrida contra o tempo: almoçamos rapidamente (um almoço alternativo face ao sucedido) e quando íamos a caminho do carro eis que eu quis ver o chão numa outra perspectiva, ou seja, quis ver o chão mais de perto.

Imaginem a seguinte cena: nós as duas debaixo de um guarda-chuva, escadas acima quando uma delas, ou seja, a minha pessoa que, por coincidência, é que transportava o guarda-chuva, decide fazer uma pausa e deitar-se no chão. Pelo menos tive a perfeita noção de que aquele não era o local ideal para repousar e que o chão visto de perto não é lá grande coisa!

Depois disto tudo, chegamos à bendita reunião com uma fragrância digna de comercialização: é que cheirávamos de tal forma a queimado e a fritos que alguém podia confundir-nos, perfeitamente, com uma doninha.

Acho que um realizador de cinema já tem aqui um bom argumento para um próximo filme!

segunda-feira, abril 09, 2007

Que simpatia!

Para variar um pouco, hoje vou recorrer, não à poesia, mas sim à prosa, para não correr o risco de afugentar os poucos leitores deste blog!

Hoje foi daqueles dias em que apanhei chuva e sol, gente simpática e antipática, encontrei gente conhecida e desconhecida (isto dava um poema! lol).

Mas o que queria partilhar convosco, não são os pormenores da minha insignificante existência, mas sim uma cena a que assisti digna de relato.

Estava eu no autocarro quando este fez mais uma das suas habituais paragens, para que entrassem mais pessoas. Acontece que uma dessas pessoas era do sexo feminino e encantou toda a gente que ia naquele autocarro com a sua extrema simpatia. O comovente da situação é que há um homem idoso que estava sentando e, num acto de cavalheirismo (ou talvez não) levanta-se para essa senhora, também ela idosa, sentar-se. A reacção aceitável a este gesto seria um sorriso, um agradecimento, enfim, um qualquer acto de gratidão, o que não aconteceu!
A senhora era tão simpática que num tom de voz agressivo perguntou ao homem: Mas quem é que disse que eu quero sentar-me aí? E continuou o seu percurso para a parte traseira do autocarro a proferir uma série de palavras sem qualquer espécie de sentido.

Naquele momento pensei, de mim para mim, que se a estupidez matasse aquela mulher nem tinha nascido, mas depois também cheguei a uma outra conclusão: se a estupidez, de facto, matasse, este mundo não era habitado por qualquer ser humano, porque todos já tivemos os nossos momentos. Mas, muito sinceramente, nestas condições ter uma reacção deste género é digno de… nem sei bem de quê, mas não é de algo bom, certamente.

O mais curioso é que o homem ficou tão surpreendido pela atitude da mulher que nem teve qualquer tipo de reacção e ainda bem para ela, porque se fosse outra pessoa poderia ter tido uma reacção tão ou mais calorosa do que a dela.

Basta dizer que a mulher era de Santa Cruz e ainda dizem mal dos “machiqueiros”!(lol)

domingo, abril 08, 2007









                  Esta totalidade que trago na alma
                  Não consigo a vós dizer
                  Esta voz gritante que agonia
                  Deixa este meu mundo perecer
                  Afogando as palavras que brotam
                  Os sons que ficam reprimidos
                  O tempo que de mim se torna inimigo voraz.

                  Queria tanto a natureza compreender
                  Desenterrar os medos que me sepultam
                  Abraçar-vos tão forte e destemidamente
                  Contra o bater do meu peito descompassado
                  Fulgente por ante vós se decifrar
                  Neste tumultuoso sentimento
                  Que nem o fenecimento consegue eliminar.

                  Persisto à beira do impetuoso mar
                  Que incita à reflexão sem entendimento
                  Aos dias que na vossa inexistência
                  Não são mais que frios tormentos,
                  Meras quimeras arrastadas ao vento
                  Que de tanto avançar e regredir
                  Ampliam este meu dissemelhante sentir.

                  É tão irreal esta agitação
                  Visceral este sentimento que em mim habita
                  A esperança que arrebenta do meu peito
                  Quando audaciosamente mergulho em vosso olhar
                  E rememoro a nascente da desigual natureza
                  Tão cristalina e límpida
                  Como a pulcritude que de vós desabrocha.


                  Cláudia Nóbrega (2 de Abril de 2007)

                quinta-feira, abril 05, 2007

                terça-feira, abril 03, 2007

                Correndo o risco de tornar-me repetitiva, volto a postar um poema, mas isto tem uma boa explicação: ultimamente tenho andado a ler e a escrever muita poesia, por isso, vou partilhar convosco mais uma das minhas obras poéticas (dito assim até parece uma coisa profissional).

                Espero que gostem tanto de ler o poema como eu de o escrever!










                Esses teus harmoniosos olhos
                Que invocam a comoção do meu cosmos
                Que asfixiam a serenidade:
                Ausente no instante em que estás presente.
                Que clamam pela mais afincada meditação,
                Que traduzem em significado o Universo,
                Que encantam,
                Que brotam emoção,
                Que extinguem a razão…

                Oh, que resplandecente olhar
                Que retrata medos análogos aos meus,
                Que irradia uma vivacidade veloz,
                Que queima a castidade de uma alma,
                Aniquilada por um sentimento firme
                Que destrói,
                Que constrói,
                Que em Vossa ausência dói…


                Cláudia Nóbrega (2/05/2007)

                domingo, abril 01, 2007











                Detenho-me num local repleto de gente
                Mas a tua inexistência torna-o desguarnecido.
                Abundantes são as palavras proferidas
                Mas todas são desinteressantes
                Porque a audição extasia
                Ante a primazia do teu som:
                O que excede são sonidos frívolos.

                Os efémeros momentos tumultuam
                Todos os instantes parecem infinidades:
                Rendo-me perante esta autenticidade
                Que martiriza e choca com o fundamento
                Com o sentimento que acarreta tormento,
                Do coração que censura a interdição
                De tão proeminente emoção.

                Cláudia Nóbrega

                sexta-feira, março 30, 2007



                Louvo o facto de ter chegado a sexta-feira, nem que seja para poder dormir mais um pouco de manhã (acho que isto já é uma boa recompensa!).

                Hoje ocorreram alguns acontecimentos ou possivelmente um só acontecimento que me fez reflectir. Essas reflexões, provavelmente, não têm qualquer sentido existirem mas, apesar da minha consciência da realidade e de saber que não posso nem devo ignorar a realidade dos factos, não consigo evitá-las. Estas reflexões não deveriam ocorrer tendo em conta o conteúdo das mesmas e a situação em si, mas há momentos que as despertam e hoje deu-se um desses momentos.

                Momentos reflexivos aparte que se prolongarão no fim-de-semana e durante todos os dias da semana, devo dizer que ainda há dias enviaram-me, por e-mail, um endereço electrónico que é muito interessante. Este interesse está relacionado com o facto desse site ter hiperligações para quase todos os sites que costumamos utilizar no quotidiano. Mas como há coisas que só mesmo vendo para crer, aqui está o link:

                http://www.indeks.pt/

                Bom fim-de-semana a todos!

                quarta-feira, março 21, 2007

                Volúpia








                O fogo que arde
                Na incerteza que me queima.
                E tudo é surreal,
                E tudo é miragem...
                Só este gérmen
                De um sentimento fulminante.
                E sinto-me como água no deserto;
                E sinto-me como luz na escuridão...
                E não sei o que sinto,
                E não sei o que penso...
                Tudo parece aberrante e insensato...
                A ideia extasiante desta incerteza me corrompe.
                É – me estranha esta pitoresca sensação,
                É – me alheio este sentir...
                O meu coração palpita descompassado
                Na intempérie desta volúpia...
                E me consome o momento de tomá-lo por inteiro...
                De envolvê-lo em meus braços.
                Fazê-lo meu.
                E me sinto delirante perante a perversão
                De querê-lo a custo,
                De possuí-lo por inteiro...
                E nada me detém, nada me contém
                Na gota crepitante deste sofrer elouquente.
                Mas amá-lo não poderia sem a sua carícia fria
                Sobre o meu coração que sente...

                domingo, março 18, 2007

                “Perguntas de algibeira”

                Como resposta ao desafio colocado pela minha adorada irmã, em que tinha de responder a quatro “perguntas de algibeira”, aqui vão as respostas:

                7 coisas que faço bem:

                Há muitas coisas que gosto de fazer e vou partir do princípio que também as sei fazer bem que é escrever, falar, ouvir os outros, ler, dormir, considero também que tenho boas capacidades de organização e de motivação.

                7 coisas que detesto:

                Que não digam as coisas directamente;
                Pessoas falsas;
                Não ter nada para fazer (monotonia);
                Desorganização;
                Ter de levantar-me cedo;
                Não gosto de quem não é capaz de cumprir as suas promessas e volta atrás com a sua palavra;
                Inveja;

                7 coisas que me atraem no sexo oposto:

                O facto de ser atencioso, sincero, ter sentido de humor, ser inteligente, delicado, ser bom conversador e, por último mas não menos importante, o olhar.

                7 coisas que costumo dizer:

                “Isso são meros pormenores...”
                “Então era isso!”
                “Isso não interessa nem ao menino Jesus!”
                “É já a seguir!”
                “É a vida!”
                “Eu percebo...”
                “É mais ou menos isso!”

                Ao contrário do que se costuma fazer, não vou desafiar ninguém em concreto para responder a estas questões, no entanto, sugiro que experimentem a fazer este pequeno “exercício”, vão ver que é muito interessante pois ajuda-nos a reflectir sobre nós próprios.

                Fim-de-semana: finalmente!

                Estou naquela altura do semestre em que o tempo começa a escassear face aos trabalhos que nos são “exigidos” pelos professores mas, apesar dos problemas que advêm disso no que diz respeito a grupos de trabalho e a coisas sem qualquer importância mas que às vezes incomodam, a minha obrigação é, nem mais nem menos, do que dar o meu melhor.

                No presente momento, um dos trabalhos que estamos a desenvolver é um plano de negócios que não está a ser tarefa fácil, até porque é algo completamente novo para nós e existem coisas que são muito complexas de realizar, principalmente para quem não está na área da gestão ou da economia.

                Eu, pessoalmente, vou encarar este trabalho como um desafio à minha capacidade de adaptação a diferentes tipos de trabalhos, vamos lá a ver se consigo superar mais este desafio.
                Mudando ligeiramente de assunto, recentemente coloquei em prática uma ideia que já tinha há algum tempo, que era a de criar um blog de turma. Considero que é uma boa ideia mas só será verdadeiramente útil se todos participarem e derem utilidade a esse espaço. Tenho alguma esperança que eu não seja a única a reconhecer a importância de uma iniciativa deste género mas, como ainda é muito cedo para conclusões, vou deixar que o tempo se encarregue de as gerar.

                domingo, março 11, 2007


                Não basta querer
                Porque o sonho é mais fácil que a vida,
                É mais brando do que a dor,
                É mais forte que a fraqueza fortalecida,
                É mais alto que o dignificante valor,
                É mais voraz do que qualquer determinação
                E menos intenso do que o sentimento
                Que habita em meu coração.


                Não basta desejar
                Porque amar é mais difícil que odiar,
                É mais agitado do que a tempestade,
                É mais belo que contemplar o luar,
                É mais doloroso que a maldade
                E menos contagiante
                Do que a beleza do teu olhar.


                Cláudia Nóbrega

                terça-feira, fevereiro 13, 2007

                Algumas considerações...

                Ontem foi o dia em que se iniciaram as aulas do 2º semestre do ano lectivo de 2006/2006, no entanto, e uma vez que não tenho aulas na 2ª feira, só hoje é que fui até à Universidade. A primeira experiência deste 2º semestre foi, nem mais nem menos, do que quatro horas da unidade curricular de Psicopatologia Infantil e Juvenil.

                Esta aula foi uma espécie de déjà vu pois já conhecíamos a professora do semestre transacto, todavia parece-me que esta unidade curricular será mais interessante do que a que a mesma leccionou no semestre passado (Psicologia da Aprendizagem), a avaliar pelo programa que nos foi dado a conhecer hoje. Para além disto, a metodologia das aulas vai sofrer algumas alterações, graças a uma reflexão conjunta sobre aquilo que correu bem e menos bem nas aulas do semestre anterior. Pode dizer-se que esta é uma das vantagens primordiais de ter a mesma docente, no entanto, todos os professores devem reflectir sobre as suas práticas, independentemente de terem ou não os mesmos alunos, com o intuito de melhor de forma qualitativa o ensino.

                Aulas aparte e tendo em conta o último post aqui publicado, ainda hoje numa daquelas conversas de café debatíamos um tema muito em voga e quase incontornável nos últimos tempos: o aborto. Por entre um debate em que estavam presentes oito pessoas, todos apresentaram, evidentemente, pareceres muito pessoais sobre esta temática, no entanto, em uma coisa todos concordámos: o referendo realizado no passado domingo é, pura e simplesmente, uma manobra de distracção para problemas que, incontestavelmente, têm mais pertinência.

                Mais uma vez foram “poucos a decidir por todos”, se tivermos em consideração que a abstenção rondou os 56,39%. Os resultados finais só demonstram que este é um tema cuja opinião está longe de ser unânime pois 59,2% das pessoas que votaram são a favor da despenalização voluntária da gravidez nas dez primeiras semanas de gravidez e 40,8% discordam da perspectiva anterior.

                Como é facilmente perceptível este resultado não é vinculativo, dada a elevada percentagem de abstenção por isso, este é um assunto que levanta e continuará a levantar muitas polémicas, uma delas é que já todos tínhamos percebido que, independentemente do resultado do referendo, a lei sobre a despenalização do aborto seria aprovada, mais tarde ou mais cedo, consideração esta que só vem reforçar a ideia de que não havia necessidade deste referendo e que o objectivo do mesmo não era, propriamente, o de saber a opinião da sociedade portuguesa!
                Acho que já têm aqui muita matéria para reflectir…

                domingo, fevereiro 11, 2007

                Referendo sobre o aborto

                Hoje é o dia em que os portugueses vão às urnas devido ao referendo que diz respeito à despenalização do aborto. A pergunta que se faz é a seguinte: “Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”, embora a pergunta tenha suscitado muitas dúvidas, a resposta fica a cargo de todos aqueles que foram ou ainda vão votar. Assim sendo, aproveito para citar uma SMS que recebi hoje apelando ao voto que diz: “Vai votar. Para que não sejam de novo poucos a decidir por todos!”

                sexta-feira, fevereiro 09, 2007


                Pertenci a uma era
                Em que a insensibilidade transbordava,
                Em que o tempo parecia igual,
                E tudo permanecia tão banal.

                Parecias constituir um mero marco da passagem,
                A actualidade que brevemente concerniria ao passado
                E a vida prosseguiria ignorando todos os momentos
                E a intuição permaneceria supérflua por todos os tempos.

                Porém os momentos arquitectaram uma agregação
                Impulsionando o que jamais a razão conjecturaria
                Manifestando uma revelação tão nítida como o dia
                De que o futuro permaneceria estanque ante todos esses instantes.

                Em diversas situações acalmei-me com a presença reconfortante,
                Com palavras que emanaram encantamentos,
                Com a existência que ironicamente parecia desigual
                Proporcionado instantes de cariz trivial.

                As palavras transfiguraram-se em inutilidades
                Porque perante esse olhar a vida imobiliza,
                A obscuridade irreversivelmente passa
                Porque minh’alma se rende perante tanta graça.

                O enamoramento consome o mais ínfimo raciocínio,
                A dúvida assombra qualquer réstia de convicção
                Mas quando a luz de um olhar renasce
                Extingue todas as ambiguidades que se conceberam em vão.

                Ousaria proferir tais divagares por todo o cosmos,
                Experimentaria a incorrecção de exteriorizar este poema
                Convicta de que algo feneceria mas uma vida ressurgia
                Envolta na áurea que envolve o teu olhar.

                O caminho torna-se mais fulgente:
                Escrevo mil poesias enaltecendo essa magia contagiante
                Porque a vida se encaminha para a eternidade
                Iluminando a alma descontente com a felicidade.

                Beneficio com a inspiração que emanas
                Porque a arte clama pelo enaltecimento
                E após a descoberta do sentimento
                Imortalizo a tua existência pela infinidade!


                Cláudia Nóbrega (1 de Fevereiro de 2007)


                terça-feira, fevereiro 06, 2007


                Quando estou só reconheço
                Se por momentos me esqueço
                Que existo entre outros que são
                Como eu sós, salvo que estão
                Alheados desde o começo.

                E se sinto quanto estou
                Verdadeiramente só,
                Sinto-me livre mas triste.
                Vou livre para onde vou,
                Mas onde vou nada existe.

                Creio contudo que a vida
                Devidamente entendida
                É toda assim, toda assim.
                Por isso passo por mim
                Como por cousa esquecida.
                Fernando Pessoa

                sexta-feira, fevereiro 02, 2007


                Saudações a todos os leitores!

                Escrevo porque neste momento estou a gozar de umas férias que, apesar de serem relativamente curtas, são óptimas para que haja uma preparação psicológica para o novo semestre que tem início no próximo dia 12 de Fevereiro de 07.

                Fazendo uma retrospecção ao semestre que recentemente terminou, posso dizer que os resultados superaram as minhas expectativas e que o curso começa a tornar-se mais interessante à medida que vai ficando mais específico. Por exemplo, áreas como a Administração e Gestão Escolar, Teoria e Desenvolvimento Curricular e Tecnologia e Inovação na Educação são áreas indispensáveis nas Ciências da Educação, designadamente, para que haja uma melhor compreensão daquilo que se passa nos “bastidores” de uma escola e serve, igualmente para que nós, futuros licenciados em Ciências da Educação, ganhemos uma consciência crítica face a tudo isso para que num futuro próximo (espero) possamos intervir, qualitativamente, de forma a melhorar esses mesmos “movimentos de bastidores”.

                Para além disso, neste semestre tive o privilégio de colaborar na organização do II Colóquio do DCE – UMa e VII Colóquio Internacional da SEEE intitulado Educação e Cultura, que se realizou no Funchal (Grand Pestana Hotel) nos dias 6 e 7 de Dezembro de 2006. Gostei da experiência porque foi muito enriquecedora, na medida em que é sempre diferente ir a um colóquio apenas para assistir e estar envolvido, de alguma forma, na sua organização. Claro que tenho plena consciência que a minha participação foi uma ínfima parte do necessário para que o mesmo decorresse da melhor forma possível, mas é sempre bom poder dar, nem que seja um pequeno contributo para que um evento desta natureza se realize.

                Termino este post com a certeza de que estou preparada para no próximo semestre dar o meu melhor, a ver vamos como corre. Para já, vou aproveitar para descansar e acabar de ler o livro “O Amor nos tempos de Cólera” do escritor Gabriel Garcia Marquez (Prémio Nobel da Literatura - 1982), porque ainda me encontro nos primeiros capítulos mas, fica desde já a promessa de que quando terminar a leitura, faço um post com o feedback.

                Até breve!

                domingo, janeiro 21, 2007


                Existem determinados factos que acarretam uma tonalidade de perplexidade e incompreensão. Assim sendo, assumo, perante os milhares de leitores deste magnífico blog que existem, efectivamente, vários factos que me perturbam um deles é, certamente, o motivo pelo qual a SIC ainda não encerrou as emissões depois de ter colocado, na sua já rica programação, uma novela, série, programa cómico, ou que designação cada um lhe queira atribuir, intitulada “Floribela”. Para quando o último episódio? É que já ninguém sequer chama o dito canal pelo nome, visto que a designação de “floribela” fica melhor pois, segundo aquilo que parece, aproximadamente 90% da programação da SIC é com a Floribela!

                Considero que é por programação como esta que este país não evolui, aliás, apenas incute nas crianças o sentido de reprodução daquilo que vêem e não as ensina a produzirem o seu próprio pensamento fazendo com que estas sejam meras cópias da “Floribela” e dos “Morangos com Açúcar”.

                Este assunto tem muito que se lhe diga mas existe um outro facto que é intrigante, que são os movimentos estranhos que se processam, exactamente em baixo do Aeroporto Internacional da Madeira. Serão obras? Será o ponto de encontro para reuniões clandestinas de grupos revolucionários? Chuva não é certamente e o vento não bate assim!

                E quando eu pensei que, posto tudo isto, já nada me poderia surpreender algo acontece! Recentemente pude descobrir um conceito de justiça completamente inovador que consiste exactamente em roubar a uns para dar a outros. Mas há quem possa alegar que isto não tem nada de inovador pois já o Robin Hood roubava aos ricos para dar aos pobres. Pois é, mas nunca ninguém pensou que o Robin Hood podia ter seguidores e constituir um mestre para muita gente dos mais diversos campos como político, religioso, cultural e mesmo educativo.
                Resta-me deixar um alerta: hoje fui eu a vítima de uma seguidora do Robin Hood, amanhã podem ser vocês, por isso, mantenham-se alerta!

                sábado, janeiro 06, 2007

                Olá a todos!

                Espero que tenham tido uma boa passagem de ano!

                E, já agora, a própósito de passagem do ano, o Guinness World Records atribuiu à passagem de ano na Madeira o título de "Maior Espectáculo Pirotécnico do Mundo", acho que é um facto mais que suficiente para nós madeirenses estarmos muito orgulhosos.

                E já que estou a falar na Madeira, continuarei em território nacional para deixar-vos uma música de uma banda portuguesa que, enfim, dispensa qualquer tipo de comentários!



                Squeeze Theeze Pleeze - D's Song