Ah, poder verter uma porção de luz
Sobre a alma à muito derramada
Tentando imitar as paranóias do mundo
Sempre alucinante, sempre delirante…
Sou mais que o momento
Bem mais do que uma enigmática cópia
Quero ser o que queria ter sido
Na incerteza de nunca o virei a ser.
Resisto a todas essas fraquezas
Cintilando apenas na minha consciência
Que aclama o passado inconsciente
Que chora quando todos descansam
E na hora serena soluça no silêncio imposto
Pensando num espaço e tempo que é nada
Nalgumas individualidades que não passam disso mesmo
O solo não é termo
Culmina as subsistências renunciantes
E ser um fragmento de terra árida errante
Antes ser um louco desacordado…
Cláudia Nóbrega
15 de Junho de 2007
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