quarta-feira, março 21, 2007

Volúpia








O fogo que arde
Na incerteza que me queima.
E tudo é surreal,
E tudo é miragem...
Só este gérmen
De um sentimento fulminante.
E sinto-me como água no deserto;
E sinto-me como luz na escuridão...
E não sei o que sinto,
E não sei o que penso...
Tudo parece aberrante e insensato...
A ideia extasiante desta incerteza me corrompe.
É – me estranha esta pitoresca sensação,
É – me alheio este sentir...
O meu coração palpita descompassado
Na intempérie desta volúpia...
E me consome o momento de tomá-lo por inteiro...
De envolvê-lo em meus braços.
Fazê-lo meu.
E me sinto delirante perante a perversão
De querê-lo a custo,
De possuí-lo por inteiro...
E nada me detém, nada me contém
Na gota crepitante deste sofrer elouquente.
Mas amá-lo não poderia sem a sua carícia fria
Sobre o meu coração que sente...

1 comentário:

ad_intra disse...

Hummm, quiça um pouco familiar... lol
Como já disse esse poema é quase de outra era, alias é mesmo do século passado... : )

Mta coisa já veio dp...

Kiss*