A CASA DE BERNARDA ALBA, uma história aparentemente simples, é, no entanto, um autêntico bilro de intenções e mensagens, onde destaco a violência e a agressividade. Tão humanos que nós somos. Tão capazes de tudo.
Uma família fechada, uma sociedade fechada, cheia de padrões. Não vou aqui discuti-los, mas sei que é preciso continuar, tal como Lorca, a analisá-los e, se preciso for, a intervir, usando aquilo de que somos feitos.
Este texto fala-nos de violência, opressão, medo, humilhação e consequente revolta e poesia.
Não estamos assim tão longe desta realidade escrita em 1936, ano em que o seu autor foi fuzilado.
Continuamos como podemos, apesar de todos os dias nos chegarem notícias de violência e opressão.
Continuamos como podemos.
As palavras são pontes. Tudo o que se diz transforma a realidade do artista.
Maria João Luís
A CASA DE BERNARDA ALBA
de Federico Garcia Lorca
tradução Luísa Neto Jorge
encenação Maria João Luís
interpretação Adriana Moniz, Ana Brandão, Cremilda Gil, Custódia Gallego, Inês Castel-Branco, Diana Costa e Silva, Joana de Carvalho, Maria João Falcão, Maria João Pinho, Lígia Braz, Sandra Lopes
cenário e figurinos Marta Carreiras
sonoplastia Razat Laboratory
música Paco Peña
desenho de luz Pedro Domingos
direcção de produção Isabel Dias Martins
assist. de produção Pamela Pedroso
.
Sem comentários:
Enviar um comentário