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Durante os últimos dias tive o privilégio de “mergulhar” nas 536 páginas daquele que é considerado um dos maiores fenómenos literários dos últimos tempos, refiro-me, evidentemente ao tão polémico livro “O código Da Vinci” de Dan Brown.
O livro já recebeu fortes críticas, grande parte delas protagonizadas pelo Vaticano, em que foi feito um apelo directo para que ninguém comprasse nem lesse o livro (http://dn.sapo.pt/2005/03/16/artes/vaticano_lanca_ataque_contra_o_codig.html), já que o mesmo questiona a verdade do catolicismo.
Ora, na minha opinião, é de estranhar um comportamento destes pois já diz o ditado “quem não deve não teme” e portanto, seria mais razoável que, se de facto aquilo que é dito ao longo da obra não passa de ficção, a Igreja não desse relevância à obra, o que não acontece e faz-nos questionar o porquê de tanto nervosismo!
Sublinhe-se que a principal polémica do livro coloca-se em torno de Dan Brown expressar que Jesus não tinha nada de divino, pois foi casado com Maria Madalena e deu origem a uma linhagem real, ou seja, a uma filha, que teve de fugir dos assassinos da Igreja, cujo maior interesse teria sido centralizar e manipular poder político.
Polémicas aparte, acho que o livro é importante na medida em que apela ao sentido crítico de cada um de nós alertando para diversas coisas, por exemplo, as pessoas em quem mais confiamos podem ser um inimigo, a verdade pode ser mais simples que aquilo que julgamos e acaba, mais tarde ou mais cedo, por ser descoberta, há muitas pessoas que não olham a meios para atingir os seus fins, e muitas outras coisas que podem ser tomadas como alertas para a vida.
Este livro faz-nos querer explorar um pouco mais daquilo que lá é dito, aliás, o que tornou mais morosa a minha leitura foi o facto de, consoante ia lendo o livro, fui fazendo alguma pesquisa paralela, nomeadamente, sobre Leoanardo da Vinci e suas obras, a Opus Dei, o museu de Louvre, Priorado de Sião, o Santo Graal (http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Graal) e outras coisas que foram surgindo ao longo do livro.
Para finalizar gostaria de dar os meus mais sinceros parabéns a Dan Brown por esta magnífica obra, pois basta ler as primeiras páginas para não conseguir parar mais, portanto, aconselho vivamente a leitura deste livro (ao contrário do que é dito pelo Vaticano!). Nunca tinha lido nenhuma obra de Dan Brown mas este livro aguçou-se a curiosidade para conhecer, um pouco mais, o seu trabalho.