quinta-feira, setembro 29, 2011

Mudança

Hoje decidi fazer uma remodelação no visual desta casa virtual que me acompanha desde o ano de 2005 pois senti que as tonalidades escuras do mesmo em nada condiziam com o meu interior e, por isso, alterei-as.

Há alturas da vida em que temos de fazer mudanças, sejam elas pequenas ou grandes e, nem a propósito, hoje recebi uma sms que dizia assim:

- "Não são os grandes planos que dão certo. São os pequenos detalhes."

As mudanças não têm de ser um espectáculo pirotécnico bem montado para que todos vejam e depois de terminado nada resta.

As mudanças são lentas, graduais... levam o seu tempo.

Mudar é abandonar o velho "Eu", as velhas limitações e avançar confiante de que as respostas estão sempre dentro de nós, basta ir buscá-las, basta resgatar a Verdade que é inalterável.

Durante algum tempo senti que estava a resistir à mudança pois nem sempre é fácil deixar para trás aquilo que faz parte do "velho Eu" e a história que contamos a nós próprios para nos entreter e desviar da Verdade.

Custava-me aceitar que determinada situação tinha de ser assim e ponto final mas era exactamente assim e só me restava aceitar e avançar.

Resisti à aceitação e tive durante muito tempo estagnada mas agora já recomeçei a avançar e sabe tão bem poder fazê-lo de forma tão livre e espontânea.

Agradeço pelo que vivi, pelo desafio que me foi colocado na caminhada mas é hora de avançar e não mais olhar para trás.

Vou até onde tiver de ir pois conto com a colaboração do meu guia interior e, por isso, aceito aprender tudo aquilo que me fizer avançar... progredir... enfim, evoluir.

E nisto dou por terminada uma fase...

domingo, setembro 25, 2011

Aceitação

Imagem: Google

Tenho consciência da minha ausência mas nem sempre a inspiração pode ser concretizada através da escrita e ultimamente tenho encontrado outras formas de materializar a inspiração que vai surgindo.

Mais eis que hoje dei por mim a sentar-me à frente de computador, abrir uma página em branco e começar a preenche-la com letras atrás de letras sem pensar no que iria escrever.

Como é bom deixar as coisas fluírem sem se preocupar com o que quer que seja…

Cada vez mais vou tendo consciência da energia de tudo aquilo que me rodeia e sei que posso deixar-me envolver por essa energia mas com a consciência de que sou a única responsável por isso.

Culpar os outros?

Culpar o sistema?

Culpar o quer que seja só para eu sentir-me uma vítima das circunstância e do mundo parece um caminho bastante simples e imediato mas encarar-se de frente e colocar-se entre a espada e a parede pode fazer-nos aceder a uma dimensão diferente das coisas que poucos ousam alcançar ou sequer tentar.

Tentamos tantas vezes controlar o que se passa à nossa volta porque preferimos o amarelo e não o verde, porque o doce sabe melhor que o salgado e o mais ridículo é que não nos apercebemos da arrogância que temos ao querer controlar aquilo que foge do nosso controle. Claro que acabamos por deparar-nos com coisas das quais queremos fugir mas elas teimam em aparecer e nós teimamos em fugir e é um jogo que não tem fim…

Num destes dias li algo muito curioso que expressava a seguinte ideia: se parássemos de querer isto e aquilo só ocorreriam as coisas que teríamos mesmo de vivenciar para passar à fase seguinte… só ocorreriam situações que nos iriam confrontar com o motivo pelo qual estamos nesta vida, neste preciso momento.

Claro que o ser humano é cheio de sonhos e expectativas e quer, muitas vezes, à força vê-las concretizadas e sofre por ter, sofre por não ter, sofre por aquilo que poderia ter tido e por aquilo que quer vir a ter.

Pois é, sofremos porque queremos e se continuamos a querer algo que não temos é porque não estamos a aceitar aquilo que nos é dado (Bingo!).

Não possuo algo neste momento e como sei que não tenho de tê-lo?

Porque… simplesmente não tenho! Nada mais simples mas, ao mesmo tempo, mais complicado de aceitar. O nosso querido ego tenta sempre justificar a “necessidade” de termos isto ou aquilo para nos entreter e nós vamos entrando no jogo. E quem nunca jogou este jogo que atire a primeira pedra….

Talvez por isso seja tão complicado simplesmente aceitar ao invés de desejar mas não deixa de ser um desafio que irá manter-se até… quem sabe?

Até um dia…