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Tenho consciência da minha ausência mas nem sempre a inspiração pode ser concretizada através da escrita e ultimamente tenho encontrado outras formas de materializar a inspiração que vai surgindo.
Mais eis que hoje dei por mim a sentar-me à frente de computador, abrir uma página em branco e começar a preenche-la com letras atrás de letras sem pensar no que iria escrever.
Como é bom deixar as coisas fluírem sem se preocupar com o que quer que seja…
Cada vez mais vou tendo consciência da energia de tudo aquilo que me rodeia e sei que posso deixar-me envolver por essa energia mas com a consciência de que sou a única responsável por isso.
Culpar os outros?
Culpar o sistema?
Culpar o quer que seja só para eu sentir-me uma vítima das circunstância e do mundo parece um caminho bastante simples e imediato mas encarar-se de frente e colocar-se entre a espada e a parede pode fazer-nos aceder a uma dimensão diferente das coisas que poucos ousam alcançar ou sequer tentar.
Tentamos tantas vezes controlar o que se passa à nossa volta porque preferimos o amarelo e não o verde, porque o doce sabe melhor que o salgado e o mais ridículo é que não nos apercebemos da arrogância que temos ao querer controlar aquilo que foge do nosso controle. Claro que acabamos por deparar-nos com coisas das quais queremos fugir mas elas teimam em aparecer e nós teimamos em fugir e é um jogo que não tem fim…
Num destes dias li algo muito curioso que expressava a seguinte ideia: se parássemos de querer isto e aquilo só ocorreriam as coisas que teríamos mesmo de vivenciar para passar à fase seguinte… só ocorreriam situações que nos iriam confrontar com o motivo pelo qual estamos nesta vida, neste preciso momento.
Claro que o ser humano é cheio de sonhos e expectativas e quer, muitas vezes, à força vê-las concretizadas e sofre por ter, sofre por não ter, sofre por aquilo que poderia ter tido e por aquilo que quer vir a ter.
Pois é, sofremos porque queremos e se continuamos a querer algo que não temos é porque não estamos a aceitar aquilo que nos é dado (Bingo!).
Não possuo algo neste momento e como sei que não tenho de tê-lo?
Porque… simplesmente não tenho! Nada mais simples mas, ao mesmo tempo, mais complicado de aceitar. O nosso querido ego tenta sempre justificar a “necessidade” de termos isto ou aquilo para nos entreter e nós vamos entrando no jogo. E quem nunca jogou este jogo que atire a primeira pedra….
Talvez por isso seja tão complicado simplesmente aceitar ao invés de desejar mas não deixa de ser um desafio que irá manter-se até… quem sabe?
Até um dia…
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