domingo, outubro 30, 2005

Carl Rogers in Tornar-se pessoa

«Não serve de nada agir calmamente e com delicadeza num momento em que estou irritado e disposto a criticar. Não serve de nada agir como se soubesse as respostas dos problemas quando as ignoro. Não serve de nada agir como se sentisse afeição por uma pessoa quando nesse momento sinto hostilidade para com ela. Não serve de nada agir como se estivesse cheio de segurança quando me sinto receoso e hesitante».
«Já não sei quem sou, mas, por vezes, quando sinto realmente determinadas coisas, tenho a impressão, durante um momento, da minha solidez e da minha realidade. Sinto-me perturbado pelas contradições que descubro em mim mesmo - actuo de uma maneira e sinto de outra. É realmente desconcertante. Mas, por vezes, é uma aventura exaltante tentar descobrir quem sou».
«Sinto-me flutuar na corrente da vida, a ser eu numa grande aventura. Às vezes sou derrotado, outras vezes sou ferido, mas vou aprendendo que essas experiências não são fatais. Não sei exactamente quem sou, mas penso sentir as minhas reacções num determinado momento e elas parecem-me construir uma base de comportamento, de momento a momento, muito aceitável. Talvez seja isso que quer dizer "ser eu"».

Sem comentários: