Todo este amor foi consumido, Demonstrei-o sem azo, Desperdicei-o ilusoriamente, Crendo que sonhando acordasse Que a felicidade me abarcasse E o delírio se manifestasse Nesta demente alucinação que é a vida.
O vento arrastou-me sobre as ondas, O claridade feriu-me na noite, O luar extinguiu-se, A vida manifestou-se aniquilada, E cantou o pranto das estrelas Amarguradas por tal desencanto De acordar o cepticismo em que isto se transfigurou!
Oh, cântico das trevas! Oh, luminosidade que me cegais! Oh vida... que amargura, Que destreza me dais!
Invoquei pelo destino, Avultei notável existência Idealizando que a perfeição tinha acordado, Acolhendo minha ânsia, De modo tão irreal Que se configurou surreal...
Mas que metamorfose ocorreu? Que golpe a vida me deu! Que ingenuidade esta existência ressurgiu, Em que o destino violentamente caiu E manifestou sua atrocidade, Contemplando-me com a verdade De que jamais conhecerei a pureza e viverei eternamente nesta incerteza...
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2 comentários:
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Pensava que era a única "gaija" na família com veia poética... Pelos vistos enganei-me... LOL
Nesta casa é só artistas!!! LOL
Kisses sister!
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