segunda-feira, março 06, 2006

Intimidade


Passatempos egoístas que arrasam:
Lutando nunca alcançaremos a perfeição!
Sinto a atmosfera sufocante,
O vaguear estonteante
Catapultando a neblina que entristece,
O ensurdecer que a calma oferece,
O sonho que contempla,
O bater que se torna descompassado,
A razão que revoga o passado,
O enfurecer da recordação,
Julgando-me digna da emoção
Quando tudo desmorona
E jamais se deu a construção!

Segredo ao vento
Palavras que nunca direi,
Sonhos que jamais realizarei,
Ilusões que se prosperam em julgamento
Esfaqueando a alma pura
Repleta de irrealidades
Que não são mais que promiscuidades,
Verdades manifestadas
Que comprometem a resistência
A felicidade com incoerência
Porque aquela que sorri
Pela vida chora
Manifestando um querer doentio!

Estas memórias cercam-me,
Observo o limiar dos sonhos,
A impossibilidade da realização
Contemplando tão de perto
Sentindo o desejo desperto,
Empurrando a alma para o abismo
Ao confrontar a existência ignorante,
O ansiar delirante
Que se aliou a mim
Subjugando todos os ideias
De quem luta pelo impraticável
E sente que o amor é notável!

É incontestável o desfalecimento
Esboçado pela vida
Pois não existe uma saída
Que seduza o êxito de quem busca,
Daquele que vai à luta,
Abrilhantando vários universos
Mas enfraquecendo o seu,
Quebrando o que prometeu
Ao invocar a felicidade
Para a fantasia que excedeu!

2 comentários:

ad_intra disse...

Andamos muito "poéticos", andamos ; ) Keep going!!! Bj***

Cláudia Nóbrega disse...

A poesia é algo de família, ñ podemos "fugir" às "origens"! Saudações sis! :-) bjs****