sábado, abril 28, 2007

I feel…


Tired,
Sad,
Disappointed,
Small,
Insignificant,
Invisible…





But...

I am not going to lose hope because when it gets darkest the stars come out.

domingo, abril 22, 2007

quarta-feira, abril 18, 2007

Visita de Estudo

Hoje fizemos uma visita de estudo à Escola Básica da Ajuda (Funchal) que foi a primeira escola da Região Autónoma da Madeira a colocar em prática o Modelo TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Communications Handicapped Children).

Este modelo foi criado na Universidade da Carolina do Norte pelo Professor Eric Schopler e, como o próprio nome indica, é um modelo de resposta às necessidades de crianças autistas. O mesmo encontra-se dividido em cinco grandes áreas: Brincar, Reunião, Aprender, Trabalhar e Computador.

Para além disto, o modelo tem de ser acompanhado por técnicos especializados na área do ensino especial, que constroem planos individualizados de intervenção, uma vez que existem vários graus de autismo e é necessário adequar as actividades conforme as especificidades dos alunos em questão.

Considero que esta foi uma experiência muito enriquecedora, na medida em que pudemos observar in loco em que medida é que as características da sala que acolhe as crianças autistas difere das outras salas do ensino regular e quais são os métodos utilizados para concretizar o objectivo de integrar os alunos autistas, da melhor forma possível, no ensino considerado regular.

Para mais informações sobre o Modelo TEACCH aconselho o seguinte sítio:

Os versos que te fiz










Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!


Florbela Espanca

segunda-feira, abril 16, 2007

A Novela Mexicana Continua...

Eu acho que começa a ser perigoso só o facto de eu sair de casa…

Hoje eu e uma colega paramos o trânsito, literalmente!

Íamos nós a caminho da nossa querida universidade e, para tal, tínhamos de atravessar a estrada, uma vez que o carro ficou estacionado ligeiramente longe da mesma. O procedimento normal para atravessar uma estrada é procurar uma passadeira que, só por acaso, foi o que fizemos. Aguardamos alguns segundos até que uma “alma caridosa” decidisse fazer o obséquio de deixar-nos atravessar. Assim foi, houve um rapaz que quis testar os travões do carro e fez uma travagem brusca para deixar-nos passar, acontece que os travões do carro de trás não foram tão rápidos e ocorreu ali um acidente mesmo à nossa frente.

Apesar da nossa estupefacção pelo sucedido percebemos que aquela era a “deixa” para atravessarmos a estrada. A tentar assimilar o que tinha ocorrido, continuamos o nosso percurso e a determinada altura percebemos que os condutores foram tão inteligentes que deixaram escapar as duas testemunhas oculares do sucedido que, ironicamente, éramos nós (pormenores insignificantes).

Ultimamente só nos acontecem coisas estranhas, acho que é mesmo da nossa presença, mas fica um segredo só nosso, senão ainda nos isolam da sociedade… lol

sexta-feira, abril 13, 2007

A concorrência entra em acção!

Ultimamente têm acontecido uns episódios engraçados e hoje não foi excepção!

Hoje, como nós somos umas raparigas aplicadas, fomos fazer uma colecta de preços de vários artigos que são indispensáveis para a realização do Plano de Negócios, para a unidade curricular de Gestão de Projectos em Educação.

Assim foi, na parte da tarde fomos a uma empresa que se dedica ao comércio e distribuição de produtos alimentares e não alimentares. Então levávamos uma espécie de lista que tínhamos elaborado antecedentemente e andamos a registar os preços. Tenho de registar que os funcionários desse local eram extremamente simpáticos porque fizeram a pergunta “precisam de ajuda?” umas vezes consideráveis. Aproveito para dizer que se há coisa que eu não gosto (eu e meio mundo) é de entrar numa loja ou algo similar e que façam esta pergunta, até porque se eu precisasse de ajuda não ia estar à espera que me viessem perguntar (digo eu!).

Mas continuando, percebemos que afinal isso não era simpatia dos funcionários mas sim desconfiança, porque quando já estávamos quase a terminar a nossa colecta veio um deles falar connosco e insinuou que nós podíamos, eventualmente, ser da concorrência e que o que estávamos a fazer era proibido.

Pelo menos ficamos a aprender algo novo: é proibido ir a um espaço comercial ver os preços que são praticados pelos mesmos, agora os consumidores nem podem averiguar os preços para saber quais os locais que têm os preços mais competitivos. Nesta sequência de pensamentos acho que grande parte da humanidade já cometeu a ilegalidade de ver os preços de determinados produtos e não os comprou.

Um outro ponto de reflexão: se nós fossemos, de facto, da concorrência, íamos chegar a essa empresa, tirar um bloco de notas e começar a registar os preços na maior descontracção, não?! Eu não sei quanto a vós, mas se eu fosse da concorrência seria mais discreta e adoptava outra estratégia.

Enfim, nestes dias há coisas que só acontecem mesmo às nossas pessoas!

quinta-feira, abril 12, 2007

quarta-feira, abril 11, 2007

Deep thoughts

É sempre bom encontrar em frases proferidas por outras pessoas um ponto de encontro com os nossos ideais, com os nossos lemas de vida, com os nossos medos, hesitações, incertezas ou simplesmente encontrar um alvo de reflexão.
No momento presente surgiu um grande alvo de reflexão, embora tudo seja mais fácil perante a ignorância de tudo o que se passa (ou não).
Vamos às frases que este texto está ligeiramente (para nem dizer completamente) confuso, mas acho que isto é o reflexo da minha consciência!

O homem mergulha na multidão para afogar o grito do seu próprio silêncio.
(Rabindranath Tagore)

Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.
(Madre Teresa de Calcutá)

O coração tem razões que a razão desconhece
. (Pascal)

Se encontrares um caminho sem obstáculos, pensa que talvez não te leve a nenhum lugar.
(Autor desconhecido)

Não se deve ter medo de dar um grande passo quando for altura disso. Não se pode atravessar um abismo aos saltinhos.
(David Lloy George)

Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer.
(Molière)

Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado. Mas nada pode ser modificado enquanto não for enfrentado.
(James Baldwin)

terça-feira, abril 10, 2007

Que dia!

Hoje foi um daqueles dias dignos de registo cinematográfico.

Eu explico: hoje, para variar um pouco, decidimos ir para a casa de uma colega fazer um trabalho de grupo (no Caniço) mas, como nós somos umas raparigas civilizadas (às vezes), achamos bem levar qualquer coisa para confeccionar para o almoço. Chegada a hora de confeccionar o almoço conseguimos, ou melhor, o fogão conseguiu a proeza de queimar os hamburgers de galinha de tal forma que os mesmos atirados à cabeça de alguém abriam um buraco. Mas como as imagens valem mais do que mil palavras aqui têm o resultado das nossas "experiências culinárias".

Quando pensamos que mais nada ia acontecer, percebemos que estávamos completamente enganadas! Daí a pouco quando fui consultar a minha caixa de correio electrónico apercebo-me que eu e uma das girls tínhamos reunião no Funchal às 15h, ou seja, daí a 40 minutos (aproximadamente). Foi uma autêntica corrida contra o tempo: almoçamos rapidamente (um almoço alternativo face ao sucedido) e quando íamos a caminho do carro eis que eu quis ver o chão numa outra perspectiva, ou seja, quis ver o chão mais de perto.

Imaginem a seguinte cena: nós as duas debaixo de um guarda-chuva, escadas acima quando uma delas, ou seja, a minha pessoa que, por coincidência, é que transportava o guarda-chuva, decide fazer uma pausa e deitar-se no chão. Pelo menos tive a perfeita noção de que aquele não era o local ideal para repousar e que o chão visto de perto não é lá grande coisa!

Depois disto tudo, chegamos à bendita reunião com uma fragrância digna de comercialização: é que cheirávamos de tal forma a queimado e a fritos que alguém podia confundir-nos, perfeitamente, com uma doninha.

Acho que um realizador de cinema já tem aqui um bom argumento para um próximo filme!

segunda-feira, abril 09, 2007

Que simpatia!

Para variar um pouco, hoje vou recorrer, não à poesia, mas sim à prosa, para não correr o risco de afugentar os poucos leitores deste blog!

Hoje foi daqueles dias em que apanhei chuva e sol, gente simpática e antipática, encontrei gente conhecida e desconhecida (isto dava um poema! lol).

Mas o que queria partilhar convosco, não são os pormenores da minha insignificante existência, mas sim uma cena a que assisti digna de relato.

Estava eu no autocarro quando este fez mais uma das suas habituais paragens, para que entrassem mais pessoas. Acontece que uma dessas pessoas era do sexo feminino e encantou toda a gente que ia naquele autocarro com a sua extrema simpatia. O comovente da situação é que há um homem idoso que estava sentando e, num acto de cavalheirismo (ou talvez não) levanta-se para essa senhora, também ela idosa, sentar-se. A reacção aceitável a este gesto seria um sorriso, um agradecimento, enfim, um qualquer acto de gratidão, o que não aconteceu!
A senhora era tão simpática que num tom de voz agressivo perguntou ao homem: Mas quem é que disse que eu quero sentar-me aí? E continuou o seu percurso para a parte traseira do autocarro a proferir uma série de palavras sem qualquer espécie de sentido.

Naquele momento pensei, de mim para mim, que se a estupidez matasse aquela mulher nem tinha nascido, mas depois também cheguei a uma outra conclusão: se a estupidez, de facto, matasse, este mundo não era habitado por qualquer ser humano, porque todos já tivemos os nossos momentos. Mas, muito sinceramente, nestas condições ter uma reacção deste género é digno de… nem sei bem de quê, mas não é de algo bom, certamente.

O mais curioso é que o homem ficou tão surpreendido pela atitude da mulher que nem teve qualquer tipo de reacção e ainda bem para ela, porque se fosse outra pessoa poderia ter tido uma reacção tão ou mais calorosa do que a dela.

Basta dizer que a mulher era de Santa Cruz e ainda dizem mal dos “machiqueiros”!(lol)

domingo, abril 08, 2007









                  Esta totalidade que trago na alma
                  Não consigo a vós dizer
                  Esta voz gritante que agonia
                  Deixa este meu mundo perecer
                  Afogando as palavras que brotam
                  Os sons que ficam reprimidos
                  O tempo que de mim se torna inimigo voraz.

                  Queria tanto a natureza compreender
                  Desenterrar os medos que me sepultam
                  Abraçar-vos tão forte e destemidamente
                  Contra o bater do meu peito descompassado
                  Fulgente por ante vós se decifrar
                  Neste tumultuoso sentimento
                  Que nem o fenecimento consegue eliminar.

                  Persisto à beira do impetuoso mar
                  Que incita à reflexão sem entendimento
                  Aos dias que na vossa inexistência
                  Não são mais que frios tormentos,
                  Meras quimeras arrastadas ao vento
                  Que de tanto avançar e regredir
                  Ampliam este meu dissemelhante sentir.

                  É tão irreal esta agitação
                  Visceral este sentimento que em mim habita
                  A esperança que arrebenta do meu peito
                  Quando audaciosamente mergulho em vosso olhar
                  E rememoro a nascente da desigual natureza
                  Tão cristalina e límpida
                  Como a pulcritude que de vós desabrocha.


                  Cláudia Nóbrega (2 de Abril de 2007)

                quinta-feira, abril 05, 2007

                terça-feira, abril 03, 2007

                Correndo o risco de tornar-me repetitiva, volto a postar um poema, mas isto tem uma boa explicação: ultimamente tenho andado a ler e a escrever muita poesia, por isso, vou partilhar convosco mais uma das minhas obras poéticas (dito assim até parece uma coisa profissional).

                Espero que gostem tanto de ler o poema como eu de o escrever!










                Esses teus harmoniosos olhos
                Que invocam a comoção do meu cosmos
                Que asfixiam a serenidade:
                Ausente no instante em que estás presente.
                Que clamam pela mais afincada meditação,
                Que traduzem em significado o Universo,
                Que encantam,
                Que brotam emoção,
                Que extinguem a razão…

                Oh, que resplandecente olhar
                Que retrata medos análogos aos meus,
                Que irradia uma vivacidade veloz,
                Que queima a castidade de uma alma,
                Aniquilada por um sentimento firme
                Que destrói,
                Que constrói,
                Que em Vossa ausência dói…


                Cláudia Nóbrega (2/05/2007)

                domingo, abril 01, 2007











                Detenho-me num local repleto de gente
                Mas a tua inexistência torna-o desguarnecido.
                Abundantes são as palavras proferidas
                Mas todas são desinteressantes
                Porque a audição extasia
                Ante a primazia do teu som:
                O que excede são sonidos frívolos.

                Os efémeros momentos tumultuam
                Todos os instantes parecem infinidades:
                Rendo-me perante esta autenticidade
                Que martiriza e choca com o fundamento
                Com o sentimento que acarreta tormento,
                Do coração que censura a interdição
                De tão proeminente emoção.

                Cláudia Nóbrega