sexta-feira, dezembro 26, 2008

Sonhos...


Ouvi algures que o único risco que corremos quando definimos objectivos é o de os virmos a concretizar. Palavras sábias que ilustram de modo simplista que nada, e repito, NADA é impossível.

Que mais podia eu querer do que realizar um sonho e recebe-lo como prenda de natal?! E atenção que não é um sonho qualquer, é um daqueles grandes sonhos que são uma porta de entrada para tantos outros sonhos...

Não existem coincidências, tudo o que acontece tem uma explicação, muitas vezes bem mais profunda do que aquela que conseguimos dar na altura...

Adivinha-se um excelente ano de 2009, isso posso adiantar com toda a certeza!!! :)

Quem és tu




Quem és tu que assim vens pela noite adiante,
Pisando o luar branco dos caminhos,
Sob o rumor das folhas inspiradas?

A perfeição nasce do eco dos teus passos,
E a tua presença acorda a plenitude
A que as coisas tinham sido destinadas.

A história da noite é o gesto dos teus braços,
O ardor do vento a tua juventude,
E o teu andar é a beleza das estradas.


Sophia de Mello Breyner Andresen

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Talvez os dias sejam luminosos e cintilantes
Mesmo na ausência que rememora a existência
Talvez sejam apenas reflexões e mágoas desgastantes
Que confirmam acerrimamente a minha independência!

Talvez?! Sei lá… censuro as interrogações!
Soluções vagas em ironias desacertadas
Admito somente ao pensamento as afirmações
Cânticos, trovas… sinfonias dilaceradas…

Límpido vaivém de sensações desfolhado
Soubera eu da existência de tal fulgor
E prontamente tê-lo-ia em mim enclausurado
Para deleitar-me com cada fragmento do seu sabor.

É esta melodia enigmática e inspiradora…
Bocados de uma visão reencarnada
Sim… e esta serenidade estimulante e libertadora
Que me faz levitar até ti e me deixa aprisionada.

Cláudia Nóbrega
24 de Novembro de 2008

quinta-feira, novembro 06, 2008

Início de mais uma fase...

Adoro...

Esta sensação de desafio.
Envolver-me em projectos aliciantes.
Ser autónoma pessoal e profissionalmente.
Ter a agenda ocupada com uma série de actividades que me fascinam, particularmente.
Sentir esta agitação estimulante.
Saber que nada nem ninguém vai mudar este bem-estar que sinto.
Pensar em ti e vasculhar as memórias que construímos juntos.

Simplesmente, ADORO!!!

sexta-feira, outubro 31, 2008

A Profecia Celestina de James Redfield

«Um livro que surge uma vez na vida para mudar a vida para sempre»

O livro A Profecia Celestina surgiu na minha vida fruto de uma série de «coincidências» às quais eu tenho prestado especial atenção pois tenho a certeza de que nada na vida acontece por acaso.

Tive conhecimento deste livro através do blog do Cool Vibes, mais precisamente, no programa de áudio sobre a Evolução Pessoal.

Depois disso houve um dia em que ia a passar perto de uma livraria e achei que deveria entrar. Foi o que fiz, entrei e estive a verificar os livros que se encontravam em destaque. Um dos que me prendeu a atenção foi, nem mais nem menos, do que o livro “A Profecia Celestina”.

Este era um sinal claríssimo de que eu deveria comprá-lo, mas ignorei-o e não o fiz. Mas os sinais foram ficando cada vez mais fortes, pois o livro invadia, frequentemente, os meus pensamentos e acabei por adquiri-lo.

Agora que o li percebo o motivo pelo qual tinha de lê-lo pois sei que a partir de agora nunca mais vou olhar para a vida do mesmo modo. Aliás, até acho que toda a gente deveria lê-lo e mais, se estás a ler este texto, não é por acaso, só tens mesmo de seguir aquilo que a tua intuição diz.

O livro fala sobre um Manuscrito que contém uma série de revelações, revelações essas que constituem a base para a felicidade.

Seguidamente vou fazer um breve resumo de todas elas:

Primeira Revelação - Tomada de consciência das «coincidências».

Segunda Revelação - Inserir a nossa consciência habitual no contexto mais amplo da perspectiva histórica.

Terceira Revelação - Percepção de um tipo de energia que antes era invisível e que está presente em todas as coisas.

Quarta Revelação - Luta dos seres vivos pela energia.

Quinta Revelação - O universo tem tudo aquilo de que precisamos se nos soubermos abrir a ele. Experiências místicas.

Sexta Revelação - Processo da tomada de consciência da nossa maneira individual de controlar aprendida na infância (Cenas de Controlo), para descobrir o nosso «eu» mais amplo, a nossa identidade evolutiva.

Sétima Revelação - Processo de evoluir conscientemente, de permanecer atento a todas as coincidências, a todas as respostas que o universo nos dá.

Oitava Revelação - Como ajudar os outros quando nos trazem as respostas de que andamos à procura. Fala de uma ética interpessoal.

Nona Revelação - Explicação de como a cultura humana vai evoluir e modificar-se no próximo milénio, graças a uma evolução consciente.

Para além destas revelações, que são muito mais amplas e profundas do que o resumo que apresentei, o que o livro pretende é deixar-nos atentos à realidade que nos circunda, de uma forma consciente.

As coincidências surgem com muita frequência na nossa vida como resposta às nossas questões existenciais do momento. Como tal, estas visam orientar-nos de modo a seguirmos um caminho que nos permita evoluir e atingir estados de consciência continuamente mais elevados.

Mas como é que identificamos essas coincidências?

Como sabemos qual é o nosso caminho?

As coincidências surgem de diversas formas na nossa vida, podem ser através de mensagens trazidas por pessoas que se cruzam no nosso caminho, através de intuições, pensamentos e, até mesmo, de sonhos.

Tudo o que surge na nossa vida está muito para além do acaso, só temos de permitir e estar receptivos a essas coincidências, lembra-te que nada, mesmo nada, acontece por acaso.

Às vezes basta uma frase dita por alguém, uma intuição, um sonho, um pensamento, uma música, até mesmo um livro que penetra em nós com uma tal intensidade que o rumo da nossa vida ou muda e esse elemento serve de marco de viragem ou temos a confirmação de que vamos no caminho certo.

Já alguma vez pensaste porque é que tomaste determinadas decisões na tua vida num determinado momento? Muitas vezes foi alguém que surgiu na tua vida e disse ou fez qualquer coisa que achaste que deverias seguir ou porque a intuíste ou até mesmo porque ia ao encontro dos teus sonhos.

Quanto ao caminho a seguir, o que deves fazer é uma espécie de anamnese, olhar para trás, concretamente para a família em que nasceste e tentares responder a duas questões:

Porque é que eu nasci nesta família concreta?

Qual é o objectivo de eu ter nascido nela?

Estas questões podem ser respondidas se olharmos para os nossos pais e pensarmos naquilo que mudaríamos nos mesmos. Um dos passos para fazermos isso é identificarmos a sua Cena de Controlo dominante dos mesmos e, consequentemente, a nossa. Uma das partes do nosso caminho é, efectivamente, levar a evolução a níveis mais elevados, partindo dos elementos que mudaríamos na vida dos nossos pais.

Como já vimos nas revelações tudo é feito de energia, energia essa que está na base dos conflitos dos seres humanos. A ideia é “sugar” a energia dos outros, enfraquecendo-os e, consequentemente, aumentando a nossa. Para isso fomos habituados, desde a infância, a adoptar comportamentos (cenas) para “roubar” a energia aos outros.

É verdade que nós precisamos dessas trocas de energia, mas achar que só a obteremos através dos outros é uma visão um pouco limitada da realidade. O universo constitui uma fonte ilimitada de energia, basta olharmos para as plantas, as montanhas, os lagos e tudo aquilo que a natureza nos oferece para vermos a cadeia de energia que se estabelece entre estes elementos.

A ideia é irmos buscar energia à natureza e não nos tornarmos co-dependentes da energia dos outros. Mas é essa co-dependência de energia que está na base do insucesso de muitos relacionamentos porque inicialmente ambos dão voluntariamente energia um ao outro provocando uma sensação de euforia designado, comummente, de paixão. Mas depois ambos ficam muito dependentes da energia do outro e quando não a recebem tentam manipular o outro desencadeando as cenas de controlo que já referenciei anteriormente.

Como tal devemos ter muito cuidado pois quando começamos a evoluir recebemos, automaticamente, energia do sexo oposto. Mas este momento é perigoso pois podemos desligar-nos da verdadeira fonte de energia e verifica-se um retrocesso.

Para fazer uma pessoa completa não são necessárias duas, como se cada uma fosse um C e formassem um O. Porque se as duas julgam formar uma pessoa completa vão querer mandar uma na outra como se fosse ela própria, ou seja, no O. Na verdade, cada uma deve completar o círculo sozinho, ou seja, o seu O, no sentido de estabilizar o canal que nos liga ao universo, para quando se ligar romanticamente a alguém criar uma superpessoa. Mas essa ligação jamais irá desviar cada uma das pessoas envolvidas da sua própria evolução individual.

Para além disso há algo que devemos tornar consciente: todas as pessoas que passam na nossa vida têm uma mensagem para nós. O que acontece é que muitas vezes estamos estão absorvidos nas nossas cenas de controlo que acabamos por não recepcionar a mensagem.

Mas essas mensagens são muito importantes pois, como já disse, dão-nos resposta às questões existenciais e inquietações que temos no momento. O mesmo é válido para a intuição, os pensamentos e os sonhos, nenhum deles surge por acaso. Aquilo que devemos questionar é: porque é que eu tive este pensamento / intuição / sonho agora? O que é que isto quer dizer?

Um outro aspecto interessante é aquela sensação de familiaridade que às vezes temos, ou seja, quando olhamos para alguém e temos a sensação de a conhecer, mesmo quando sabemos que nunca a vimos.

A explicação é que todos nós temos a capacidade de identificar as pessoas que pertencem ao mesmo grupo que nós, ou seja, o grupo de pessoas que pensam do mesmo modo. Como as pessoas que pensam do mesmo modo evoluem na mesma direcção, no que diz respeito aos interesses, estas produzem as mesmas expressões e uma experiência exterior idêntica. Assim, isto faz com que as pessoas pertencentes ao mesmo grupo se identifiquem umas às outras, intuitivamente.

Este é, sem qualquer réstia de dúvida, um livro com uma mensagem extremamente interessante. Se a tua intuição diz-te para o leres, não a ignores e lembra-te:

Quando alguém se cruza no nosso caminho, traz sempre uma mensagem para nós. Encontros fortuitos são coisa que não existe. Mas o modo como respondemos a esses encontros determina se estamos à altura de recebermos a mensagem.

domingo, outubro 12, 2008

Se tu soubesses…

Se ao menos as fronteiras se quebrassem
Se as muralhas que nos separam se desmoronassem
E o oceano fosse menos profundo e temível
A saudade tornar-se-ia instantaneamente invisível.

Se ao menos a memória se conseguisse dominar
Se o passado fosse lixo de que nos quiséssemos livrar
E aquele caloroso beijo fizesse parte da imaginação
A vida ganharia uma outra pigmentação.

Se ao menos esta energia que nos une desaparecesse
Se o sentimento não fosse correspondente e se se escondesse
E pudéssemos empurrar os pensamentos para outra margem
A vida seria uma serena e desinteressante viagem!

Se tu soubesses… Ah, se tu soubesses…
Se viesses agora ver-me e em mim estivesses
Ascenderias até onde jamais alguém te levou
E saberias que foi a vida que por nós se encantou…

Se soubesses… Oh! Eu sei que sabes…
És tu impregnado em mim e eu em ti… Sentes?
Vês-nos evoluir na mesma direcção?
Já falta pouco, amor… mas por ora deixa-me deleitar com esta sensação!

Cláudia Nóbrega
28 de Setembro de 2008

quarta-feira, agosto 27, 2008

Cool Vibes






(Carregue na imagem para aceder ao blog)


Estudaste durante quantos anos? 9? 12? 13? 15? 20?...

Em qualquer uma das opções garanto-te que vais encontrar informações neste blog bem mais importantes ou, pelo menos, bem distintas daquelas que tens vindo a obter nas instituições escolares das quais tens feito parte.

O Cool Vibes é bem mais que um blog, é uma verdadeira escola para a vida...

sábado, agosto 16, 2008

ilā l-liqā'


Não corra atrás das borboletas; plante uma flor em seu jardim e todas as borboletas virão até ela. (D. Elhers)

sábado, julho 26, 2008

Pode Curar a Sua Vida – Louise L. Hay


No passado houve da minha parte uma tentativa de ler um livro que tem sido, desde a sua primeira edição, um verdadeiro êxito em termos de vendas. O livro intitula-se “Pode Curar a Sua Vida” e foi escrito por Louise Hay.


Confesso que ao ler as primeiras páginas fiquei completamente desanimada com o seu conteúdo, aliás, achei que o mesmo não passava de uma série de frases padronizadas que me pareciam pouco realistas. Logicamente que face a este panorama parei de ler o livro, se calhar não estava preparada para receber as informações que lá estavam…


Há relativamente pouco tempo enquanto procurava um outro livro voltei a encontrar o livro que não me tinha cativado minimamente a atenção no passado. Tendo em conta que me encontrava numa fase um pouco intimista e de alguma introspecção, relativamente às últimas ocorrências da minha vida, achei que o título se enquadrava num dos meus desejos mais imediatos.


Reiniciei a leitura do livro e qual o meu espanto quando, numa só vez, li metade do livro. Senti-me tão envolvida pelo mesmo que nem me apercebi da rapidez com que o fui lendo.


Já o terminei de ler e posso dizer que sinto-me outra pessoa, completamente diferente. Descobri que a minha mente tem mais poder do que aquele que eu imaginava que ela tinha, aliás, até à data havia desvalorizado muito o poder da mesma.


Tantas vezes arranjamos motivos exteriores a nós para este ou aquele episódio da nossa vida e para aquilo que nos acontece. Pois bem, este livro vem dizer-nos que TUDO O QUE ACONTECE NA NOSSA VIDA É DA NOSSA INTEIRA RESPONSABILIDADE.


Claro que isto não significa que devemos criticar-nos, muito pelo contrário, isto significa que temos de operar mudanças na nossa mente, particularmente, eliminar as crenças e os padrões de comportamento enraizados na nossa mente desde tenra idade que nos desviam da felicidade que todos ansiamos.


Quantas crenças temos nós enraizadas que nos limitam a vida? Lembram-se de expressões como “um mal nunca vem só”, “o que é bom dura pouco”, entre outras? Pois é, são crenças como estas que regem os acontecimentos da nossa vida, por isso, a receita é simples: para curar a sua vida apenas necessita de eliminar todas essas crenças infundadas e adoptar padrões de comportamento que sejam desejáveis e queira ver espelhados na sua vida.


Não vos vou recomendar a leitura deste livro, acho que só o devem fazer quando se sentirem preparados para absorver aquilo que consta no mesmo. Eu só fui capaz de deleitar-me com o livro quando me senti preparada para ouvir aquilo que nem sempre estamos aptos a ouvir de forma tão simples e quando foram arquitectados uma série de acontecimentos na minha vida que me fizeram questionar, questionar e questionar. Todas as minhas questões foram respondidas de forma satisfatória neste livro e indicaram-me o caminho a seguir.

sexta-feira, julho 04, 2008

Hoje ao abrir a caixa de correio electrónico deparei-me com um mensagem que parecia ir ao encontro dos últimos acontecimentos que dizia exactamente assim:
"Aprende a seguir os sinais. Se eu estou aqui o tempo todo, se me vês e sabes que nunca te abandono, se sabes que até o desafiar do vento tem a minha mão mágica, se já te entregaste a mim, entregaste a tua vida, se tens consciência de que está tudo entregue, é claro que cada acontecimento, cada surpresa, cada imponderável tem a mão mágica do céu.

É mais provável que seja eu a operar quando não estás à espera, quando ninguém conta, e acontece um acto cirurgicamente desprogramado e irreal - em vez de todos os planos e todas as combinações prévias.

Aprende a confiar no acaso. O acaso sou eu. O acaso tem a minha lógica, jamais terá a tua. Lê nos acasos a lógica do céu, e aprende a seguir, como a borboleta, a força inefável do vento. A natureza é sábia. Os animais só vão para onde têm de ir. As aves voam milhares de quilómetros, porque sabem as armadilhas do tempo, porque lêem nas entrelinhas do tempo. As baleias percorrem o mundo, através de linhas energéticas e invisíveis desenhadas pela minha mão. Todo o mundo animal se move sob os meus desígnios."
Alexandra Solnado

Ao ler este excerto apercebi-me do quão aplicáveis são estas palavras aos últimos acontecimentos da minha vida. De facto, sinto na minha vida esta força inacreditável que fez-me ir para onde eu tinha que ir mesmo quando esse lugar era muito longe daqui.
Face a este acontecimento tão maravilhoso que o destino quis que eu vivenciasse só posso dizer que aproveitei cada minuto e mesmo cada segundo do pouco tempo que me estava reservado para viver no auge da intensidade.
Algures em terras africanas, numa cultura que me era estranha, aquilo que seriam umas meras férias converteram-se numa página da minha história que jamais esquecerei...
Mais do que nunca senti que estava no lugar certo, há hora certa e rodeada das pessoas certas!
Resta-me seguir e encerrar em mim cada segundo de um epiósdio que pareceu, de todo, irreal...

Tunísia 2008



























quarta-feira, junho 11, 2008

I Still Believe...



















Abro a porta ponderadamente
E essa aragem envolvente outrora asfixiante
Projecta-se destemidamente para outro lugar
Emitindo tão-somente esta brisa aconchegante.

Que aprazível é este sopro que me toca
Este raio de luz refulgente e ondulante
Que num bafejar fortalece minh’alma
Sob esta chuva que me acaricia loucamente.

É tão gracioso ver a natureza acordar
Cantando a alvorada fulgurantemente
Quando o girassol vê-se florescer
E o barco move-se para a outra margem…

E neste despertar tão imponente e sublime
Neste cosmos algures no limiar da fantasia
Adivinho-me ao teu lado aconchegada
Embriagada pela tua essência contaminante!

É um mesclado de sensações fascinantes
Numa visão que se profetisa atraente e sedutora
Atestando o desejo abundante em cor
Saciado quando me comprazo com o sabor do teu veemente beijo…

Cláudia Nóbrega
9 de Junho de 2008

domingo, maio 18, 2008















Ouço falar e não profiro nada
Emitir opiniões?! Mais vale prosseguir calada!
Tenho no silêncio a amizade perdida
A companhia e a lealdade de uma duradoura vida.

Reencontro a mocidade
Sem que ela tenha reparado em mim
És jovem – explica ela! Não é idade, somente uma oportunidade
De ver-me assim formosa qual flor de jasmim.

E ando como louca enamorada
Embriagada pela vida… enfeitiçada?
Alegrando-se brandamente ao contemplar a paz.

Sou cândida… incompreensivelmente crente
Mas caminho obstinadamente contra a corrente
Enquanto uns cedem e voltam frouxamente para trás.

Cláudia Nóbrega
23 de Março de 2008

domingo, maio 04, 2008

O nosso mundo


Que importa o mundo e as ilusões defuntas?...
Que importa o mundo seus orgulhos vãos?...
O mundo, Amor?... As nossas bocas juntas!...


Florbela Espanca




domingo, abril 13, 2008

Música Tuga de qualidade...




"(...) Se o nosso amor é um combate,
Então que ganhe a melhor parte."

Linda Martini - Amor Combate

sábado, março 08, 2008

Dia da Mulher?

Seria óptimo se este dia tivesse a capacidade de rememorar-nos da quantidade de gigantescos passos que temos de dar até à tão badalada igualdade de oportunidades entre sexos.

As questões de género continuam a ser altamente discriminatórias nos mais diversificados contextos e quem mais pena por esta discriminação são, efectivamente, as mulheres.

A mudança de mentalidades é, por norma, lenta e a ignorância é inimiga de uma comemoração sentida deste dia, face à recordação e certeza das injustiças que ainda recaem sobre o sexo feminino em pleno século XXI.

Cada dia é um novo passo, a cada novo passo um desafio, a cada desafio uma acção, assim, caminhemos e ajamos motivado pela existência, algures no futuro, de um mundo mais justo construído, afincadamente, por cada um de nós!

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

José Rodrigues dos Santos




















Tornei-me uma seguidora da obra do jornalista e escritor José Rodrigues dos Santos após ter lido "A Fórmula de Deus". Momentaneamente, estou a "devorar" autenticamente o novo livro dele intitulado "O Sétimo do Selo", um livro que dá que pensar e, mais que isso, deve fazer-nos agir para evitar aquilo a que é designado no livro de Apocalipse: afinal o mesmo está mais perto do que julgamos!

Leituras recentes...














Agatha Christie
  • Os Crimes do ABC
  • Anúncio de um Crime

Agora… já… sem demora!






(Carregue na imagem)

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Amor de Verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância,
eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exacto. E então
pude relaxar. Hoje sei que isso tem um nome: Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, o meu
sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra
as minhas verdades. Hoje sei que isso é: Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse
diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu
crescimento. Hoje chamo isso de: Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar
forçar alguma situação ou alguém para realizar aquilo que desejo,
mesmo sabendo que não é o momento ou que a pessoa não esta preparada,
inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é: Respeito.

Quando me amei de verdade, comecei a livrar-me de tudo o que não fosse
saudável. Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para
baixo. De início a minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei
que se chama: Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti
de fazer grandes planos, abandonei os projectos megalómanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio
ritmo. Hoje sei que isso é: Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com
isso, errei menos vezes. Hoje descobri a: Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de
preocupar-me com o futuro. Agora, mantenho-me no presente, que é onde a
vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é: Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar
e me decepcionar. Mas quando a coloco ao serviço do meu coração, ela se
torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é: SABER VIVER!!!

- Charles Chaplin -

domingo, fevereiro 10, 2008

Saudade

Saudades! Sim... talvez... e porque não?... (Florbela Espanca)

Tantas vezes, ao longo da nossa existência, há um sentimento que nos toma, invocando a falta de alguém ou de alguma situação que se reveste ou revestiu de alguma significância. A significância que cada um de nós atribui às coisas vai depender de múltiplos factores, dos quais não tenciono fazer uma extensa lista, qual lista de supermercado ao fim-de-semana. Considero apenas que esse sentimento é consequência de uma selecção de elementos, cuja classificação apenas apresenta duas categorias: significante e insignificante.

Como é facilmente perceptível, estas categorias não são invariáveis, muito pelo contrário, é necessário ponderar o factor tempo nesta questão. O que num determinado momento está classificado como significante pode, num outro tempo e espaço, adquirir características que nos fazem repensar a sua classificação.

A aplicação de um dos versos do poema “Saudade” de Florbela Espanca não foi em vão, até porque as imortais palavras de Florbela Espanca revestem-se de um misticismo inebriante, que nos transporta para uma dimensão sentimental. O verso “Saudades! Sim... talvez... e porque não?...” é bem elucidativo da banalidade que é contrair um sentimento de nostalgia. Porque não ter saudades? Porque não relembrar algo ou alguém?

Poderíamos organizar um debate em que de um lado estariam os defensores da saudade e outros que defenderiam a situação diametralmente oposta, mas é quase certo que todos os argumentos iam ser subjectivos e que a conclusão seria igual ao ponto de partida desse debate, ou seja, que não existe conclusão possível.

Apesar disto, tenho uma opinião muito personalizada desta situação, considero que as saudades são representativas de todos os momentos e pessoas relevantes que cruzaram e continuam a cruzar-se na nossa vida, como tal, tudo o que é representativo ou significativo deve adquirir um lugar de destaque na nossa existência, o resto não deveria passar de uma nulidade.

Esta perspectiva não pretende ser restrita, até porque nada é certo, muito pelo contrário. A saudade deve ser uma componente presente na dimensão sentimental da nossa vida mas não a deve reger, nem deve ocupar um lugar de destaque, até porque se isso ocorrer há sempre o risco de que a nostalgia seja o único sentimento que predomine essa dimensão.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Wake up!!!



Wake up, Wake up, Wake up,
Yeah so tired of waiting,
waiting for us to
Wake up, Wake up, Wake up,
Yeah so sick of waiting, for us to make a move...

domingo, fevereiro 03, 2008

Patrick Süskind - O Perfume, História de um assassino


Impulsionada por uma prenda que me foi dada no natal do ano transacto, iniciei e conclui a leitura do best-seller de Patrick Süskind intitulado “O Perfume, História de um assassino”, recentemente.

Todo o livro, no meu entender, desenrola-se em torno de um pressuposto, que é o de que o odor que as pessoas emitem, quer seja ele natural ou artificial, pode influenciar a abordagem e a atitude dos outros para connosco. No fundo é este o pressuposto que as grandes indústrias produtoras de perfumes utilizam para vender os seus produtos, nomeadamente no que concerne à publicidade efectuada em torno desses mesmos produtos.

Assim, o livro retrata a história de Grenouille, desde o momento do seu estranho nascimento até à sua, não menos estranha, morte, apresentando-se como alguém que possuía um olfacto, impressionantemente, apurado o que, por si só, lhe permitia orientar-se, conhecer lugares e pessoas sem necessitar de recorrer a outros órgãos sensitivos.

Foi graças a esta característica peculiar de Grenouille que o mesmo descobriu a influência que um simples odor tem no comportamentos das pessoas facto este que o levou a dedicar-se acerrimamente à concepção de um perfume. Este não era mais um perfume como tantos outros que as indústrias de perfumes concebiam, este perfume seria capaz de fazer com que toda a humanidade o venerasse acima de tudo.

Foi este objectivo que o mobilizou de tal modo que o levou a cometer uma série de assassinatos em série todos do mesmo modo e vitimizando pessoas com o mesmo tipo de características: raparigas, jovens, fisicamente atraentes e virgens. No entanto, ninguém desconfiava de Grenouille pois este foi sempre muito subtil em todas as suas acções provocando uma espécie de empatia no leitor.

Não pretendo revelar o final da história o que posso dizer é que o mesmo é imprevisível e tão inquietante como a totalidade do livro. Quem já leu o livro ou já viu a adaptação cinematográfica do mesmo pode concordar ou não com esta perspectiva, mas recomendo vivamente que leiam o livro pois este é sempre bem mais completo e pormenorizado que o filme.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Alicia Keys - If I Was Your Woman

Ultimamente tenho ouvido algumas músicas numa onda um pouco mais romântica, uns dirão que se deve ao meu estado de espírito, a uma mera fase ou a nada em especial, no entanto, não pretendo revelar o motivo, se é que o há…

Assim sendo, uma das artistas musicais que tenho prestado especial atenção é à Alicia Keys, sem dúvida uma bela mulher, detentora de uma voz verdadeiramente arrepiante, para além de ser uma excelente intérprete musical. São tudo características que justificam, em muito, a minha preferência pelas suas músicas.

No entanto, há uma música que destaco que se chama “If i was your woman”, que surgiu, primeiramente, no álbum “"The Diary Of Alicia Keys" (2003) e que voltou a fazer parte integrante do álbum “Alicia Keys Unplugged” (2005). Esta última versão da música superou todas as minhas melhores expectativas e confesso que de todas as vezes que a ouço sinto o mesmo que quando a ouvi pela primeira vez. Acho que o sentimento que esta música suscita só pode ser explicado ao ouvi-la, por isso, aqui vai:

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Momentos inesquecíveis…







A pele transpira o teu cheiro
Os lábios não conseguiram reter o anseio
Envolvendo-se numa paixão inebriante
Detentora de um ritmo estupendamente alucinante.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Pensamentos Soltos

Se havia um vocábulo que pudesse expressar com precisão o que senti outrora em relação a ti era insignificância. Por diversos momentos senti-me invadida, acometida, desafiada ao que a minha resposta era uma consequência natural de uma causa desconhecida.

Conjecturei que todos esses momentos se traduzissem numa nulidade e nem conseguissem, de algum modo, ser incorporados na memória a longo prazo: confesso com estupefacção o meu engano!

Face a toda esta situação sou forçada a fazer minhas as palavras de Paulo Coelho quando referenciava que quando queremos alguma coisa, todo o Universo conspira para que nós a realizemos, mas com uma ligeira adaptação, considero que todo o Universo conspira quando algo tem de, efectivamente, ocorrer.

Cada momento, mesmo quando na altura foi enfrentado com desprezo ou desatenção, é momentaneamente rememorado e será relembrado pela posterioridade, face às últimas ocorrências.

Sei que o futuro não se adivinha fácil, aliás, até pode não haver qualquer construção futura em relação a este assunto mas guardarei, enquanto estiver na plena posse das minhas faculdades, os instantes, os sentimentos e os caminhos que me fizeste descobrir em mim…

segunda-feira, janeiro 07, 2008
















Amordaçante este pesaroso aniquilar:
Rastejante… humilhante… terrivelmente desgastante…
Como uma ferida que não consegue cessar,
Uma utopia que não consigo conjecturar,
Na imaginação que ataca como inimiga voraz
Numa realidade insensivelmente mordaz…

A fraqueza que se apodera das forças
Projectando a esperança para os calabouços
De uma consciência excessivamente demente
Impiedosamente inconsciente
Exultante ante a nulidade de uma bafagem
Denunciando a intenção repudiante
Que não atenua na revolta aragem.

Cláudia Nóbrega (29 de Novembro, 2007)

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Esta coisa de gostar de alguém...

Esta coisa de gostar de alguém não é para todos e, por vezes – em mais casos do que se possa imaginar – existem pessoas que pura e simplesmente não conseguem gostar de ninguém. Esperem lá, não é que não queiram – querem! – mas quando gostam – e podem gostar muito – há sempre qualquer coisa que os impede. Ou porque a estrada está cortada para obras de pavimentação. Ou porque sofremos de diabetes e não podemos abusar dos açucares. Ou porque sim e não falamos mais nisto. Há muita gente que não pode comer crustáceos, verdade? E porquê? Não faço ideia, mas o médico diz que não podemos porque nascemos assim e nós, resignados, ao aproximar-se o empregado de mesa com meio quilo de gambas que faz favor, vamos dizendo: “Nem pensar, leve isso daqui que me irrita a pele”.
Ora, por vezes, o simples facto de gostarmos de alguém pode provocar-nos uma alergia semelhante. E nós, sabendo-o, mandamos para trás quando estávamos mortinhos por ir em frente. Não vamos.. E muitas das vezes, sabendo deste nosso problema, escolhemos para nós aquilo que sabemos que, invariavelmente, iremos recusar. Daí existirem aquelas pessoas que insistem em afirmar que só se apaixonam pelas pessoas erradas. Mentira. Pensar dessa forma é que é errado, porque o certo é perceber que se nós escolhemos aquela pessoa foi porque já sabíamos que não íamos a lado nenhum e que – aqui entre nós – é até um alívio não dar em nada porque ia ser uma chatice e estava-se mesmo a ver que ia dar nisto. E deu. Do mesmo modo que no final de 10 anos de relacionamento, ou cinco, ou três, há o hábito generalizado de dizermos que aquela pessoa com quem nós nos casámos já não é a mesma pessoa, quando por mais que nos custe, é igualzinha. O que mudou – e o professor Júlio Machado Vaz que se cuide – foram as expectativas que nós criamos em relação a ela. Impressionados?
Pois bem, se me permitem, vou arregaçar as mangas. O que é díficil – dizem – é saber quando gostam de nós. E, quando afirmam isto, bebo logo dois dry martinis para a tosse. Saber quando gostam de nós? Mas com mil raios, isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem “ ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem “ ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem “ ai que não vi a tua chamada não atendida”.
Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.
Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós.
Fernando Alvim